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Sindicato exige ponto de situação sobre insolvente Tegopi de Gaia

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-Norte) pediu uma reunião urgente ao administrador de insolvência da Tegopi, Vila Nova de Gaia, para fazer um ponto de situação sobre a empresa.

Sindicato exige ponto de situação sobre insolvente Tegopi de Gaia
Notícias ao Minuto

21:49 - 10/10/19 por Lusa

Economia Tegopi

"Temos muitas dúvidas sobre como estão a decorrer as coisas na Tegopi. Desde o início que tudo parece feito em cima do joelho e ferido de legalidade. O SITE-Norte está atento e vai reunir com o administrador de insolvência porque é verdade que só alguns trabalhadores estão a receber salário, não todos", disse esta tarde à agência Lusa, Miguel Ângelo Pinto, dirigente do SITE-Norte.

Também Jerónimo Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores da Tegopi, relatou à Lusa que "apenas cerca de 50 de um total a rondar os 80 recebeu o salário em atraso", ou seja, o mês de setembro.

"É uma discriminação", disse o porta-voz dos trabalhadores, descrevendo que foi afixado na terça-feira um anúncio a referir que iam ser pagos os vencimentos "aos trabalhadores diretos e a alguns indiretos que neste momento desempenham funções como diretos".

Em causa uma empresa de fabrico de torres eólicas localizada em Vilar do Paraíso, em Vila Nova de Gaia, que empregava cerca de 200 trabalhadores, mas na qual no final de setembro foi afixada uma folha com o nome de 98 trabalhadores a dispensar. Ficariam 85.

Na última quinta-feira realizou-se no Tribunal do Comércio, em Gaia, uma assembleia de credores que juntou na assistência mais de uma centena de trabalhadores.

Na sessão foi votada e decidida a "liquidação da empresa com manutenção do estabelecimento", uma forma jurídica que na prática significa que a empresa é liquidada, mas são salvaguardadas partes, isto porque foi tornado público o interesse de um novo investidor, o grupo Pinto Brasil, com sede em Guimarães, no distrito de Braga.

A liquidação da Tegopi não foi, assim, comunicada às Finanças para que esta pudesse laborar enquanto decorrerem as negociações com o novo investidor e foi ainda decidido que os bens da empresa ficariam apreendidos, mas não alienados, ou seja não podem ser vendidos nem penhorados.

A administração da empresa passaria, neste período, para as mãos do administrador de insolvência, António Dias Seabra.

Mas hoje, a Comissão de Trabalhadores acrescentou à Lusa que na quarta-feira foi afixado um novo anúncio com a indicação de que Jorge Serrano, o diretor geral da Tegopi até à assembleia de credores, se mantém em funções e acumula a liderança de vários setores.

"É no mínimo estranho", referiu Jerónimo Gonçalves que também descreveu que "apenas meia dúzia dos trabalhadores que ficaram estão a trabalhar na montagem e assistência" e que o resto da fábrica está, disse, "fechado ou parado".

"É para esclarecer estes dados que exigimos a reunião. Se o diretor se mantém, é ao contrário do que foi decidido em tribunal", disse, por sua vez, o dirigente do SITE-Norte.

A agência Lusa procurou obter esclarecimentos junto da empresa, mas até ao momento não obteve resposta.

Quanto aos 98 trabalhadores despedidos, na quinta-feira o advogado do SITE-Norte, Rui Martins, indicou que o despedimento coletivo seria impugnado.

Hoje Miguel Ângelo Pinto acrescentou que "o sindicato está a ajudar esses trabalhadores a fazerem nova reclamação de créditos" e a "tratar dos papéis para o fundo de garantia salarial".

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