Wall Street fecha em alta com esperança na negociação EUA-China
A bolsa nova-iorquina terminou hoje em alta, com os investidores otimistas sobre a próxima reunião negocial entre representantes chineses e norte-americanos, que vai começar na quinta-feira em Washington.
© Lusa
Economia Nova Iorque
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,70%, para os 26.346,01 pontos.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq ganhou 1,02%, para as 7.903,74 unidades, e o alargado S&P500 subiu 0,91%, para as 2.919,40.
"Os investidores nestes dias estão muito preocupados pelas negociações entre os EUA e a China", acentuou Karl Haeling, da LBBW.
Na véspera de novas negociações entre Pequim e Washington, não houve qualquer pista sobre a agenda da reunião e ainda menos sobre o estado atual das negociações.
Ora, "tudo parecia votado ao fracasso na terça-feira", depois do anúncio das sanções dos EUA a entidades e dirigentes da China por suspeita de participar na "repressão" dos muçulmanos uigures, no Xinjiang, destacou.
Mas, acrescentou, "parece que a possibilidade de um acordo voltou a estar sobre a mesa".
Citando um dirigente chinês envolvido nas negociações, a agência noticiosa Bloomberg informou hoje que Pequim estava aberta a um acordo parcial, se o Governo norte-americano renunciasse às tarifas aduaneiras suplementares que ameaçou aplicar até ao final do ano.
Pequim estaria assim pronta a algumas concessões, como o regresso a encomendas volumosas de produtos agrícolas.
Tal epílogo, porém, não vai permitir resolver os litígios de fundo, como a problemática da propriedade intelectual.
A divulgação durante a sessão da ata da última reunião do comité de política monetária da Reserva Federal não provocou reações significativas.
Os participantes na reunião deste comité (FOMC, na sigla em inglês) mostraram-se sobretudo "inquietos" com as tensões comerciais e os riscos geopolíticos, com alguns a recearem mesmo a possibilidade de uma recessão a médio prazo.
O presidente da instituição, Jerome Powell, surgiu, porém, tranquilo, considerando que a situação na frente do emprego e da inflação era "positiva" e que as recentes descidas das taxas de juro ajudavam a conjuntura económica.
O texto divulgado hoje "não trouxe novidades quanto a saber se vai haver novas descidas nas taxas de juro na próxima reunião da Fed, em outubro", observou Haeling.
Mas, "na medida em que os investidores apostam em 80% em uma nova descida, os dirigentes (da Fed) devem estar interessados em enviar sinais desde já sobre se têm intenção de o fazer, sob pena de apanharem os investidores de surpresa", disse.
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