Wall Street fecha em baixa com pessimismo sobre negociações China-EUA
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa indiscutível, com os investidores a cederem à redução da esperança de um acordo comercial entre os EUA e a China, mesmo antes de uma anunciada ronda negocial bilateral.
© Lusa
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,19%, para os 26.164,04 pontos.
Mais fortes foram as perdas do tecnológico Nasdaq, que desvalorizou 1,67%, para as 7.823,78 unidades, e o alargado S&P500, que perdeu 1,56%, para as 2.893,06.
Representantes chineses e norte-americanos devem reunir-se a partir de quinta-feira em Washington, para discutirem o conflito que se tem centrado nos direitos alfandegários.
Mas o anúncio de novas sanções pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra a China parece ter arrefecido as esperanças dos mais otimistas.
Para denunciar uma "campanha de repressão" contra os muçulmanos uigures no Xinjiang, Washington anunciou na segunda-feira à noite ter colocado 28 organizações governamentais e empresariais chinesas numa lista negra.
Da mesma forma, anunciou também ter imposto "restrições" à concessão de vistos dos EUA a dirigentes do Governo e do Partido Comunista chinês, acusados de "responsabilidade" ou "cumplicidade" na "campanha de repressão" dos uigures.
A ideia da eventual imposição de limites aos investimentos dos EUA na China, evocada há uma dezena de dias antes de o Governo de Washington negar que tenha pensado nisso, voltou a ser mencionada nas informações divulgadas pela comunicação social.
"Os EUA parece que estão sempre à procura de novas maneiras de irritar a China e de a pressionar para chegarem a acordo", observou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management. Mas "a aplicação de tais medidas mesmo antes das negociações não é um sinal encorajador", acrescentou.
Para mais, "já se viu que a imposição de novas sanções não funciona", sublinhou este analista.
Assim, "os investidores estão céticos quanto à possibilidade de se chegar a um acordo qualquer durante esta semana", concluiu Cahill.
Ora, hoje o Fundo Monetário Internacional avaliou que a guerra comercial promovida por Donald Trump já custou à economia internacional cerca de 700 mil milhões de dólares (639 mil milhões de euros).
Os investidores também estiveram hoje a seguir com atenção uma intervenção do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que indicou que a instituição ponderava a aquisição de dívida pública norte-americana.
Tal medida pretenderia remediar as recentes tensões no mercado da dívida de curto prazo, ao qual os bancos recorrem para se financiar.
Já sobre a frente económica, Powell manifestou-se tranquilo, estimando que a situação no emprego e na inflação era "positiva".
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