SATA não pode "continuar na senda" de resultados negativos
O presidente da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) considerou hoje que a SATA, que apresentou prejuízos de 27,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, não pode "continuar na senda" de resultados negativos.
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Economia Sata
Rodrigo Rodrigues declarou à agência Lusa que se "está a entrar no último trimestre de 2019 e continua-se com os mesmos problemas, até mais agravados, relativamente a 2018", não se podendo "continuar nesta senda de resultados negativos".
As duas companhias aéreas da SATA registaram no primeiro semestre de 2019 um prejuízo de 27,9 milhões de euros, cabendo à Azores Airlines - que voa de e para fora dos Açores - a maior fatia (25,4 milhões).
"Os resultados obtidos ficaram aquém do esperado", reconheceu o presidente da administração da SATA, António Teixeira, atribuindo tal a "fatores externos e circunstanciais" e também a uma "consequência da fase de estabilização operacional" em que se encontra o grupo.
Para Rodrigo Rodrigues, este é "financeiramente mais um problema para a região, havendo prejuízos na ordem dos 50 a 60 milhões de euros por ano que deveriam ser assegurados pelo Governo dos Açores, que não está a nadar em tesouraria".
O responsável recorda que a CCIA já apontou várias sugestões para fazer face aos problemas financeiros da operadora aérea, que tem vindo a acumular prejuízos todos os anos.
O empresário exemplifica com a proposta de introdução de uma nova figura de um conselho superior independente que permitisse representar o acionista, a Região Autónoma dos Açores, mas que "bloqueasse um pouco o seu acesso direto à operação de forma diária", através do Governo Regional.
O líder dos empresários aponta também a separação das várias empresas do grupo SATA, uma vez que "o foco da doença está devidamente identificado, sendo a Azores Airlines".
Para Rodrigo Rodrigues torna-se "imperioso resolver este problema", que a SATA seja uma empresa "forte e eficiente", porque é "essencial para o desenvolvimento das várias ilhas".
O presidente da CCIA congratulou-se também com o facto de a operadora aérea de baixo custo Ryanair passar a assegurar uma ligação semanal entre a ilha Terceira, nos Açores, e Londres, a partir de março de 2020, considerando que "era uma rota que faltava à Terceira na época alta".
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