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CGTP assinala 49 anos com promessa de "aumentar o tom"
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, sublinhou o seu compromisso de "aumentar o tom" de contestação à nova legislação laboral, que entra em vigor hoje, no preciso dia em que a central sindical assinala 49 anos de existência.
© Global Imagens
Economia CGTP
"A CGTP, ao fazer hoje 49 anos, não só apela aos trabalhadores que continuem unidos e coesos, como simultaneamente afirma o seu compromisso de, tal como contestou e combateu a anterior legislação de trabalho, também agora combater esta legislação de trabalho porque ela dá continuidade à política de direita", afirmou o líder da central sindical, que falava à agência Lusa no Porto, à margem de um protesto de técnicos do Ministério da Educação em situação de precariedade.
O Governo do Partido Socialista, declarou Arménio Carlos, "não pode dizer que é de esquerda quando está a aprovar e quando está a implementar uma legislação laboral da política de direita. Não faz sentido e só podem contar com a nossa contestação, que vai aumentar de tom e simultaneamente de intervenção nos próximos tempos".
Arménio Carlos considerou que o atual Governo contrariou a sua própria lógica porque produziu o Livro Verde das Relações de Trabalho, na sequência das reivindicações da CGTP", na qual criticava a anterior legislação, que "tinha generalizado a precariedade, reduzido os rendimentos, atacado a contratação coletiva, acentuado as desigualdades e também a pobreza laboral".
Ora, frisa o dirigente sindical, "a lógica natural era que o Governo, ao apresentar nova legislação laboral, corrigisse e retificasse o que estava mal. Não fez nada disso. Não só manteve o que estava mal, como acrescentou outras [normas]que pioraram a legislação".
Arménio Carlos exemplificou com situações como o alargamento do período experimental para jovens à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração, "que podem, ao fim de seis meses, ser despedidos sem qualquer justificação e sem qualquer indemnização".
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