Assistência financeira à Guiné Equatorial visa "crescimento sustentável"
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse hoje que o Programa de Financiamento Ampliado que está em discussão com as autoridades da Guiné Equatorial visa apoiar a recuperação económica e fomentar um crescimento inclusivo e sustentável.
© Reuters
Economia FMI
"O objetivo principal do Programa de Financiamento Ampliado [Extended Fund Facility, em inglês] é apoiar a recuperação da atividade económica e fomentar um crescimento económico inclusivo e sustentável", escreve o Fundo numa nota na qual dá conta de que o país passou em todas as metas, menos uma, do Programa de Monitorização Técnica, que agora se dá por concluído.
"O Programa procura manter a estabilidade macroeconómica, ao mesmo tempo que promove a proteção social, fortalecer o setor bancário, promover a diversificação económica, fomentar a boa governação e a transparência, e apoiar a luta contra a corrupção", acrescenta-se no comunicado, que dá ainda conta de que o programa "facilitaria a implementação das políticas económicas, reforçaria a confiança dos investidores, catalisaria os recursos de outras instituições multilaterais e contribuiria para a estratégia da CEMAC".
O programa, acrescentam, "também facilitaria a adoção de reformas para abordar diversos problemas estruturais que o país enfrenta".
O FMI e o Governo da Guiné Equatorial vão novamente reunir-se em outubro, durante os Encontros Anuais do FMI, para negociar o programa, que o ministro das Finanças equatoguineense já disse, em entrevista à Bloomberg à margem do Fórum Económico Africano, na Cidade do Cabo, no início deste mês, querer que tenha um envelope financeiro de 700 milhões de dólares.
"As discussões foram produtivas e conseguiu-se alcançar avanços substanciais para alcançar um acordo sobre as metas quantitativas e as políticas macroeconómicas e as reformas estruturais que apoiariam o programa", diz o FMI, notando que "para manter a estabilidade económica e financeira é essencial fortalecer ainda mais os saldos orçamentais, e desenhar e adotar um plano credível para saldar as dívidas internas".
A Guiné Equatorial já concordou que é preciso "mudar a composição da despesa, para criar espaço para um maior gasto social para fomentar o crescimento económico inclusivo e mitigar os efeitos do ajuste" decorrente do Programa.
Este país africano, o mais recente a aderir à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem registado crescimentos económicos negativos desde 2015, no seguimento da descida dos preços do petróleo, a principal exportação da Guiné Equatorial.
O crescimento do PIB passou -9,1% em 2015, para -8,8% em 2016 e para -4,7% em 2017, tendo-se mantido negativo nos últimos dois anos com taxas de crescimento negativo à volta dos 3%.
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