FMI diz que é "difícil" encontrar solução rápida para a Argentina
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu hoje que é "difícil" resolver rapidamente o dossiê argentino devido à complexidade da situação.
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Economia Argentina
"Dada a situação complexa e a incerteza política, é difícil avançar rapidamente", afirmou Gerry Rice, porta-voz do FMI, em conferência de imprensa.
Rice disse que não podia indicar datas, mas clarificou declarações feitas na quarta-feira por David Lipton, diretor-geral interino, que foram interpretadas por alguns 'media' como uma suspensão das negociações.
"É incorreto dizer que o FMI suspendeu as negociações. Continuamos totalmente comprometidos com a Argentina", afirmou o porta-voz.
No final de agosto, a Argentina pediu ao FMI para reprogramar os vencimentos do empréstimo de 57 mil milhões de dólares concedido em 2018 e cujos primeiros reembolsos deviam ocorrer em 2021.
O país atravessa uma grave crise económica que levou a uma forte desvalorização da sua moeda e tem eleições marcadas para outubro, com desfecho incerto.
Têm decorrido reuniões técnicas entre as duas partes para discutir o programa de assistência financeira e Gerry Rice indicou que uma outra equipa de Buenos Aires vai deslocar-se a Washington na semana de 14 de outubro.
Na terça-feira, o FMI renovou o apoio às autoridades argentinas, com David Lipton a considerar que foi "construtiva" a reunião que teve em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, com o presidente argentino, Mauricio Macri, o ministro das Finanças, Hernan Lacunza, e o governador do banco central, Guido Sandleris.
Mas, o FMI ainda não indicou quando vai desbloquear uma nova tranche do empréstimo ou se aceita adiar os reembolsos, como Buenos Aires pediu.
Antes mesmo de assumir o cargo de diretora-geral do FMI, no próximo dia 01 de outubro, Kristalina Georgieva, reuniu-se na quinta-feira com o ministro das Finanças argentino.
Do total do empréstimo aprovado em junho de 2018, a Argentina já recebeu até agora 44 mil milhões de dólares, mas as medidas de austeridades impostas no país têm levado a um aumento da inflação, da pobreza e da indignação.
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