Governo destaca "crescimento mais sustentável das últimas décadas"
O Ministério das Finanças defendeu hoje, com base nos recentes dados do INE, que a evolução da economia portuguesa reflete "o período de crescimento mais sustentável das últimas décadas em Portugal".
© iStock
Economia Economia
"Os dados publicados hoje pelo INE indicam que o crescimento económico, as contas externas e as contas públicas tiveram um a evolução excecional ao longo da atual legislatura, e descrevem o período de crescimento mais sustentável das últimas décadas em Portugal [...]. Estes resultados de melhoria da situação externa da economia são de importância vital para a sustentabilidade da economia portuguesa", vincou, em comunicado, o Governo.
Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto interno Bruto (PIB) cresceu, em termos reais, 3,5% em 2017 e 2,4% em 2018, o equivalente a mais 0,7 e 0,4 pontos percentuais do que nas anteriores estimativas.
Para o ministério tutelado por Mário Centeno esta evolução reforça "a noção de que a economia portuguesa teve, ao longo dos últimos anos, um dos melhores períodos de crescimento em democracia".
À exceção da Irlanda, Portugal foi assim o país que mais cresceu entre 2016 e 2018 entre os 15 Estados-membros da União Europeia pré-alargamento, apontou.
Por sua vez, nos primeiros seis meses de 2019 o PIB cresceu 2% em termos homólogos, "uma revisão em alta face a 1,8% da anterior estimativa", ficando Portugal apenas atrás da Irlanda e Espanha (2,1%).
"Com estas estimativas, o crescimento de 1,9% previsto no Programa de Estabilidade fica assim mais perto de ser alcançado [...]. O crescimento inclusivo do PIB refletiu-se num aumento de 11,3% do rendimento disponível das famílias entre 2015 e 2018, algo que não se verificava há mais de duas décadas", acrescentou o executivo.
O Ministério das Finanças notou ainda que as mudanças estruturais da economia portuguesa se refletem no "forte crescimento do investimento e das exportações".
Assim, a economia portuguesa é hoje "menos dependente do consumo, quer privado quer público", cujo peso no PIB caiu três pontos percentuais entre 2014 e 2018.
Os dados provisórios para 2018 indicam também que o saldo da balança corrente e de capital fixou-se em 1,2% do PIB (mais um ponto percentual do que na anterior estimativa), resultando "numa diminuição da dívida externa a um ritmo bastante superior ao inicialmente estimado".
Para o executivo estes resultados acontecem num contexto de "maior crescimento do investimento das últimas décadas", que está associado à importância de bens de capital.
"O ciclo virtuoso de reequilíbrio externo não foi interrompido, pelo contrário, apresenta características saudáveis para o crescimento futuro da economia portuguesa", lê-se no documento.
Com base nos dados disponibilizados pelo INE, a receita fiscal desce entre 2015 e 2017 de 25,3% do PIB para 24,8%, uma queda de 0,5 pontos percentuais.
"Este valor é compatível com outras análises produzidas sobre o esforço fiscal em Portugal, tal como a do Banco de Portugal, que mostra uma redução do esforço fiscal por via de medidas legislativas de 0,5 p.p. do PIB potencial", defendeu o Ministério das Finanças.
Também hoje Mário Centeno já tinha afirmado que os dados das contas nacionais divulgados pelo INE estão "totalmente alinhados" com os objetivos do Governo.
O défice situou-se em 0,8% do PIB no primeiro semestre deste ano, em contas nacionais, abaixo dos 2,2% registados no período homólogo, mas longe da meta para o conjunto do ano, de 0,2%, divulgou o INE.
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com