S&P reduz em baixa para 'negativa' perspetiva de rating de crédito da Oi
A Standard & Poor's (S&P) reviu de "estável" para "negativa" a perspetiva de 'rating' de crédito da Oi, mantendo a nota "B" na escala global, mas cortando a escala nacional de brA para brA-, informou hoje a operadora brasileira.
© Reuters
Economia CMVM
"A Oi informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que a Standard & Poor's anunciou hoje a revisão do 'rating' de crédito atribuído à companhia, mantendo o 'rating' de longo prazo na escala global em B, mas reduzindo o 'outlook' [perspetiva] de 'stable' para 'negative', assim como reduzindo na escala nacional de brA para brA-", lê-se num comunicado da Oi enviado hoje pela acionista Pharol (ex-Portugal Telecom) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No relatório, a que a agência Lusa teve acesso, a S&P explica que "a alteração da perspetiva reflete os desafios que a Oi vem enfrentando nos esforços para retomar o crescimento e gerar fluxos de caixa operacional livre", atribuindo esta situação "em parte ao atraso na injeção de capital de quatro mil milhões de reais [cerca de 887,2 milhões de euros], concluída apenas em janeiro de 2019, que adiou os investimentos da empresa".
"Além disso, esperávamos anteriormente que a Oi reportasse crescimento da receita em 2019. Entretanto, a empresa registou desvios acima das expectativas e consequentes declínios na receita de linhas fixas nos últimos trimestres", aponta a analista Luísa Vilhena.
Neste contexto, a agência de notação financeira aponta agora para uma quebra nas receitas da Oi em 2019 e 2020 e para uma retoma do crescimento apenas em 2021.
"As perspetivas negativas em ambas as escalas refletem as restrições de fluxo de caixa e os desafios de execução do plano de investimentos (capex) da empresa, que podem limitar a sua capacidade de reverter o declínio, enquanto enfraquece a sua rentabilidade. Na nossa visão, a operadora do setor de telecomunicações Oi reportará métricas de crédito mais fracas por um período mais longo do que o esperado, sobretudo em razão da queda na receita no segmento de telefone fixo", lê-se no documento.
A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 13,4 mil milhões de euros).
PD // MSF
Lusa/fim
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