Costa quer atingir até 2030 "meta ambiciosa" de investimento na Ciência
O primeiro-ministro, António Costa, assumiu hoje como meta "muito ambiciosa" atingir até 2030 os 3% do PIB (Produto Interno Bruto) para o investimento em Ciência, entre Estado, instituições universitárias e empresas.
© Global Imagens
Economia Primeiro-ministro
"Neste momento, estamos a meio do caminho, temos agora 11 anos para percorrer a outra metade do caminho e conseguir alcançar essa meta que fará toda a diferença na melhoria da produtividade das empresas e na sua competitividade no mercado internacional", afirmou.
António Costa falava num almoço-debate 'Portugal, que Futuro?' organizado pelo Clube Fenianos Portuenses, no Porto.
Além disso, o governante lembrou que essa meta, que é "muito ambiciosa", permitirá criar emprego mais qualificado e mais bem remunerado, permitindo fixar em Portugal as gerações mais qualificadas que "alguma vez o país foi capaz de produzir".
Para Costa, este foi "sempre o défice" que Portugal teve e se o conseguir combater estará em melhores condições de encarar o futuro com confiança.
Nos últimos anos houve um aumento de 12% do número de investigadores nas empresas, adiantou, sublinhando ser essencial prosseguir esta trajetória.
O investimento em Ciência, tal como em Cultura e Investigação, é investir no conhecimento da sociedade, frisou, defendendo ainda a necessidade de "dar estabilidade e previsibilidade" ao financiamento na área da Ciência.
Nesta área, o primeiro-ministro defendeu que há dois passos importantes que podem ser dados, na sequência de um manifesto que foi subscrito por cientistas portugueses, relativamente ao futuro da Ciência e que diz respeito à criação de uma lei que preveja o quadro plurianual do seu financiamento.
"Devemos dar estabilidade e previsibilidade ao financiamento na área da Ciência e, tal como o investimento nas Forças Armadas ou forças de segurança, devemos ter uma lei que preveja o quadro plurianual do financiamento da Ciência por forma a que todas as instituições tenham garantido e confiança com o que podem contar no futuro", vincou.
Outra das medidas, e que é da "maior importância", salientou, passa por devolver o IVA pago pelos centros de investigação quando adquirem material ou equipamento para o desenvolvimento da sua atividade.
O compromisso do Estado é o de devolver os 23%, 13% ou 6% da taxa de IVA paga e, por essa forma, reforçar as verbas disponíveis para a investigação científica, ressalvou Costa.
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