Como é habitual neste período após férias, a Fesap, filiada na UGT, vai aprovar a sua proposta reivindicativa para o próximo ano, mas desta vez não lhe chama caderno reivindicativo, nem a irá entregar de imediato ao Ministério das Finanças, seu interlocutor negocial.

É que, segundo o secretário-geral da federação, José Abraão, "este Governo já está a acabar" e o caderno reivindicativo vai ser negociado com o Governo que for eleito em outubro.

Por isso, o documento reivindicativo só será entregue ao novo Governo.

A Fesap aprova hoje também uma Carta Aberta que incluirá um conjunto de propostas mais abrangentes, para aplicar ao longo da legislativa, que irá apresentar aos partidos políticos antes das eleições legislativas de 06 de outubro.

"Nas vésperas de uma nova legislatura, a Fesap apresentará um conjunto de propostas para a Administração Pública, pretendendo a amplificação da sua discussão no espaço público e posterior negociação em sede própria", disse José Abraão à agência Lusa.

De acordo com o secretário-geral da Fesap, as propostas correspondem às principais preocupações da estrutura sindical e incluem aumentos salariais para 2020 e para a próxima legislatura, a revisão das carreiras gerais e especiais, alteração da remuneração de ingresso na Administração Pública e a contagem de todo o tempo de serviço de todos os trabalhadores para efeitos de progressão nas carreiras.

A Fesap pretende ainda discutir o investimento público em setores fundamentais do Estado como a Saúde, a Educação, a Segurança Social e a Justiça, o sistema de vínculos da Administração Pública, a avaliação do desempenho na Administração Públia, o estatuto da aposentação e a falta de pessoal nos organismos públicos.

"São as nossas propostas para uma nova administração pública", afirmou José Abraão.

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