Linha de crédito a Moçambique apoia reconstrução de empresas portuguesas
O ministro-adjunto e da Economia de Portugal anunciou hoje, na Beira, a criação de uma linha de crédito com taxas de juros "muito baixas" para as empresas portuguesas ou de capital português afetadas pelo ciclone Idai no centro de Moçambique.
© Global Imagens
Economia Ministro
Segundo Pedro Siza Viera, que falava à margem da visita à cidade da Beira para ver o processo de reconstrução, o crédito é destinado a reconstrução das empresas portuguesas, ou de capitais português, que foram destruídas pelo ciclone, que devastou o centro de Moçambique em março deste ano.
"Temos estado a trabalhar e julgo que já nas próximas semanas esta linha de crédito já estará à disposição das empresas", afirmou o governante português.
A linha de crédito vai ser disponibilizados através da banca moçambicana e o Estado português assume o compromisso de facilitar os empréstimos com taxas de juros "muito baixas ou bonificadas".
A linha "vai consistir nas possibilidades de bancos em Moçambique poderem conceder créditos as empresas portuguesas ou de capital português que estejam aqui instalados para elas fazerem face à projetos de investimentos e recuperação, em condições mais favoráveis do que a banca comercial normalmente oferece", explicou o governante português.
O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique em março, provocou 604 mortos e afetou cerca de 1,8 milhões de pessoas.
A intempérie causou cheias intensas que arrastaram aldeias, pontes, estradas e outras infraestruturas, criando lagos gigantescos que submergiram parte da província de Sofala e levaram semanas para desaparecer.
A cidade da Beira, uma das principais do país e com uma numerosa comunidade portuguesa, ficou severamente danificada e serviu de palco a uma gigantesca operação de mobilização de meios internacionais para apoio à população.
Uma carta assinada por cidadãos portugueses, maior parte empresários que dizem dar emprego a 800 pessoas, foi entregue a 21 de março, na Beira, ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, numa altura em que a cidade ainda estava parcialmente destruída.
No documento, os subscritores pediram a criação de uma linha de crédito que pudesse apoiar em casos urgentes e no esforço da reconstrução que se seguiria.
Durante a visita à cidade da Beira, o Governante português esteve também no Hospital Central da Beira, onde manifestou a intenção de Portugal de continuar a apoiar aquela instituição.
"O apoio [de Portugal] tem sido dado em várias áreas, como assistência medica, reconstrução, formação do pessoal em enfermagem e até financeiro, para a reabilitação de algumas unidade. Por isso que temos como prioridade a recuperação do bloco operatório que ficou totalmente destruídos para aliviar as necessidades desta unidade hospitalar", observou o governante português.
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