Crescimento do PIB é "muito positivo" mas é preciso esperar
O presidente do BES considerou hoje "muito positivo" o crescimento da economia no terceiro trimestre, apesar de esperar um valor acima, mas disse que é importante avaliar o comportamento do PIB no último trimestre para confirmar a saída da recessão.
© Reuters
Economia Ricardo Salgado
"Estávamos à espera de um pouco mais, de 0,4%, mas 0,2% [de crescimento do PIB no terceiro trimestre] confirma que estamos fora da recessão e isso é muito positivo. Temos agora todos de trabalhar mais e melhor para que o PIB [Produto Interno Bruto] cresça mais", afirmou Ricardo Salgado aos jornalistas, à margem do Congresso das Comunicações, em Lisboa.
O presidente do BES concordou que ainda pode ser cedo para festejar a retoma da economia, tendo em conta o crescimento ainda ligeiro, e afirmou que os últimos meses do ano irão ajudar a perceber se, de facto, estes números indicam uma alteração da tendência.
"Fomos beneficiados pelo turismo, no período de verão. Vamos ver se no último trimestre se confirma a situação", disse o banqueiro, que destacou que o crescimento das exportações poderá "sustentar o crescimento".
Sobre o banco de fomento, que deverá ser hoje aprovado em Conselho de Ministros, Ricardo Salgado disse que acredita que esta instituição "vai com certeza ajudar" ao dinamismo económico, apesar de ainda demorar a notar-se os seus efeitos.
"Vamos ver em quanto tempo o banco de fomento vai funcionar", sublinhou.
A economia portuguesa cresceu no terceiro trimestre do ano, com o PIB a aumentar 0,2% face ao segundo trimestre do ano, mas mantendo-se ainda em valores negativos quando comparado com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a estimativa rápida do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia voltou a crescer pelo segundo trimestre consecutivo, quando comparado com o trimestre anterior.
Esta subida de 0,2% no PIB no terceiro trimestre, face ao segundo trimestre, acontece depois de um crescimento de 1,1% registado no segundo trimestre do ano, em relação aos primeiros três meses do ano.
A estimativa rápida do INE indica que o PIB ficou ainda 1,0% abaixo do valor que se registava entre julho e setembro de 2012. Apesar de negativo, este valor é, no entanto, melhor que o valor registado no trimestre anterior, altura em que a comparação homóloga mostrava que o PIB seria inferior em 2,0% do valor registado no mesmo trimestre do ano anterior.
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