A construtora brasileira pediu proteção judicial na cidade norte-americana de Nova Iorque, na última segunda-feira.
Se o processo brasileiro for reconhecido no tribunal de Nova Iorque, a Odebrecht poderá usufruir dos benefícios das leis de falência dos EUA, como a proteção contra a apreensão de ativos no país.
Em junho passado, o grupo declarou falência no Brasil após ser envolvida na maior investigação de corrupção do Brasil, a operação Lava Jato, que investiga a participação da empresa em desvios de dinheiro em contratos com a estatal petrolífera Petrobras.
Graças ao escândalo da Lava Jato, a Odebrecht assinou um acordo de colaboração com autoridades judiciais no qual admitiu ter pago cerca de 719 milhões de euros em suborno para obter contratos públicos no Brasil.
Segundo informações publicadas na imprensa brasileira, o representante internacional da Odebrecht, Marcelo Rossini, justificou nos registos do tribunal de Nova Iorque que a proteção da lei de falências dos Estados Unidos é necessária porque a empresa "permanece vulnerável a ações de credores fora do Brasil".
No plano de recuperação judicial apresentado no Brasil a empresa reconheceu que precisa reestruturar cerca de 22,4 mil milhões de euros em dívidas.