A polémica dos passes com desconto e da dívida do Governo às empresas de transporte público durou pouco. Tudo começou com o presidente da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP) a ameaçar com o fim da venda dos passes com desconto já em setembro. Pouco depois, o Governo disse que o pagamento iria ser regularizado já no início de setembro e a ANTROP recuou.
Ainda assim, a associação que representa as empresas alerta que, caso as dívidas não sejam, entretanto, regularizadas, "as empresas retomarão a suspensão da venda dos passes referentes ao mês de outubro".
Quer isto dizer que, afinal, a venda de passes com desconto vai continuar em setembro, contrariamente à ameaça da ANTROP no final da manhã de segunda-feira.
A notícia, sublinhe-se, foi avançada pela TSF, com o presidente da ANTROP a alegar que o Estado devia sete milhões às empresas de transporte.
Pouco depois, o Governo fez saber, através do Ministério do Ambiente, que "a RCM que permite o pagamento das verbas reclamadas pela ANTROP está agendada para o Conselho de Ministros de 5 de setembro".
Paralelamente, a tutela indicou que a ANTROP já tinha sido informada do calendário para o pagamento das compensações em dívida, o gabinete do ministro do Ambiente e da Transição Energética informou que no último Conselho de Ministros, em 22 de agosto, já foi aprovado o pagamento dos passes intermodais de Lisboa.
Perante esta posição do Executivo, a ANTROP recuou: "O Governo veio formalmente garantir à ANTROP a aprovação da referida RCM na próxima reunião de Conselho de Ministros a realizar no próximo dia 5 de setembro. Em face desta garantia, a ANTROP aceita retomar, de imediato, a venda dos referidos passes com o desconto respetivo", referiu a associação, em comunicado.
Abrangidos pela polémica estão os passes 4_18, sub23 e Social + que são vendidos com um desconto de 25% face ao preço de venda ao público dos restantes bilhetes.