Trabalhadores STCP exigem ser ouvidos sobre municipalização da empresa
Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) anunciaram hoje que vão rejeitar o convite para estarem presentes na cerimónia de quarta-feira de assinatura do memorando sobre a transferência de competências da empresa para as autarquias.
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Economia Transportes
"Não fomos ouvidos quando foi decidido o processo de transferência para as câmaras. Nunca fomos ouvidos, aliás. Pedimos uma reunião para sabermos o nosso futuro e até ao momento nada foi dito. Não podemos aceitar um convite para estar nas festas quando no que realmente é importante, que é o nosso futuro, não somos ouvidos", disse, à agência Lusa, o representante dos trabalhadores, Pedro Silva.
Já em comunicado a Comissão de Trabalhadores (CT) da STCP refere que, juntamente com as órgãos representativos dos trabalhadores (ORTs), têm vindo a solicitar ao Conselho Administração, tutela, Área Metropolitana do Porto e Câmaras Municipais informação sobre a forma como se irá proceder à transferência e que impacto terá esta transferência no futuro dos trabalhadores, mas até ao momento sem sucesso.
Pedro Silva sublinhou que foram pedidas reuniões ao ministro do Ambiente e feitos apelos ao primeiro-ministro, mas também "sem resposta".
"A nossa preocupação é saber se os direitos dos trabalhadores são garantidos e qual o investimento que a empresa pode vir a necessitar. Pretendemos ser ouvidos, ser envolvidos no processo. Não sabemos se o que está em cima da mesa é bom ou mau. Apelamos e esperamos que seja marcada uma reunião", descreveu Pedro Silva.
Para os trabalhadores da STCP, "as pretensões dos trabalhadores foram deixadas na gaveta", razão pela qual a CT e os ORTs consideram, conforme se lê no comunicado, que o convite para estar na cerimónia de assinatura do memorando é "provocatório".
"Desde já informamos que não estamos disponíveis para aparecer nas fotografias de família. Este Governo sempre criticou o anterior, pela falta de envolvimento das ORTs, nos processos que envolvem o seu futuro, mas é caso para dizer: Olha para o que eu digo, mas não olhes para o que eu faço", acrescenta a nota enviada à Lusa.
No mesmo comunicado, as ORTs e CT frisam que sempre se mostraram disponíveis para fazer parte dos processos que envolvem o futuro dos trabalhadores, exigem "mais respeito daqueles que têm a responsabilidade", nomeando o primeiro-ministro, António Costa.
"Não aceitamos ser postos à margem, mais uma vez neste processo. Como forma de protesto as ORTs estarão presentes, no exterior do edifício do Museu do Carro Elétrico, local da cerimónia a partir das 11:00, exigindo ser ouvidos neste processo que envolve o futuro dos trabalhadores", termina o comunicado.
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