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Companhia da Guiné Equatorial será a nova parceira da STP Airways

O Governo de São Tomé e Príncipe assinou um memorando com a Ceiba, da Guiné Equatorial, que permite a esta companhia aérea ser a futura parceira da STP Airways para o transporte aéreo, disse o ministro das Infraestruturas são-tomense.

Companhia da Guiné Equatorial será a nova parceira da STP Airways
Notícias ao Minuto

21:39 - 23/08/19 por Lusa

Economia Aviação

A gestão da companhia aérea são-tomense, porém, não será abrangida num futuro acordo com a congénere da Guiné Equatorial, assegurou hoje, em declarações à Lusa, o ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente, Osvaldo Abreu.

O governante explicou que o memorando assinado em Malabo, capital da Guiné Equatorial, na semana passada, pelo presidente da STP Airways, António Aguiar, prevê que a Ceiba "vai colocar aviões ao serviço da companhia aérea nacional, que serão operados pela White", operadora aérea portuguesa.

A White já é a operadora dos voos da companhia aérea da Guiné Equatorial, uma vez que esta, de acordo com as regras de segurança no espaço comunitário, não pode voar para a Europa.

"O acordo ainda está a ser negociado, mas há já um comprometimento das partes, que a Ceiba, companhia de aviação da Guiné Equatorial, passa a ser a próxima parceira da STP Airways, a transportadora de bandeira de São Tomé e Príncipe, após a retirada da Euroatlantic", afirmou Osvaldo Abreu.

Após a saída da Euroatlantic, prevista para finais de outubro, a Ceiba passa a assegurar ligações domésticas e internacionais para Portugal e outros países europeus, através da White.

Na operação está também envolvida a Ethiopian AirLines, da Etiópia, por ser a companhia que já tem um acordo de gestão com a Ceiba, adiantou.

Quanto à gestão da STP Airways, até agora assegurada pela portuguesa Eurotlantic, Osvaldo Abreu garantiu que "o que o Governo são-tomense pretende é que a companhia aérea venha a ser gerida por gestores da área da aviação com larga experiência no setor".

"Para isso lançaremos em breve uma manifestação de interesse para a escolha de quem vai gerir a STP Airways", referiu o ministro, não escondendo a vontade de ter um parceiro que fale português.

Em simultâneo decorre uma auditoria para avaliar a companhia aérea do país, que tem entre os seus principais acionistas a Eurotlantic, com 40% do capital e o Estado de São Tomé e Príncipe com 35%.

O objetivo é avaliar também a posição da Eurotlantic, que o Estado são-tomense "poderá vir a adquirir", admitiu o governante.

Desde junho, mês em que entrou em rotura com a portuguesa Eurotlantic que o Governo são-tomense estava a trabalhar com a Guiné Equatorial na concretização de "uma aliança formal" entre as suas companhias aéreas, que deveria conduzir à saída da operadora de Portugal.

A posição consta de uma carta enviada por Osvaldo Abreu à administração da euroAtlantic airways, a que a agência Lusa teve acesso.

A euroAtlântic detém 40% do capital e a responsabilidade pela gestão da STP Airways, tendo igualmente um contrato de concessão do 'handling' até 2020, que o Governo quer separar do transporte aéreo. O Estado são-tomense tem uma participação de 35% da STP Airways.

Na missiva, enviada depois de declarações públicas do ministro a anunciar a intenção de terminar o acordo para gestão da STP Airways em outubro, Osvaldo Abreu evocou o estabelecimento de parcerias com a Guiné Equatorial em vários setores, incluindo nos transportes, com vista a "uma aliança formal entre as companhias áreas dos respetivos estados arquipelágicos do Golfo da Guiné".

Osvaldo Abreu apontou que a separação das atividades transportadora e de 'handling' é "uma aspiração" do Governo que foi recomendada pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e por organizações internacionais.

O presidente e único acionista da euroAtlantic, Tomaz Metello, reagindo à intenção de cessar o contrato já em outubro, admitiu sair do capital e da gestão da STP Airways, mas após negociações.

Tomaz Metello explicou à Lusa que a concessão dos serviços de 'handling' foi a condição para a empresa entrar no capital e na gestão da STP Airways, assegurando que sem esta operação não tem interesse em continuar a gerir a empresa são-tomense.

O empresário foi surpreendido com a decisão anunciada nos meios de comunicação social pelo ministro de terminar o contrato em outubro, e lamentou que, com todos os governos com que lidou ao longo de 11 anos, só este tenha imposto esta situação.

O presidente da empresa sublinhou que uma saída do capital da STP Airways tem de ter a concordância do acionista maioritário, a própria EuroAtlantic, implicando a alteração dos seus estatutos.

O ministro são-tomense anunciou ainda a nomeação de um conselheiro "independente e especializado" no setor da aviação civil "para acompanhar o período transitório da operação até à conclusão da transferência de gestão e das participações da euroAtlantic".

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