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CAP diz que nova greve prolonga "imprevisibilidade" e apela à prevenção

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu hoje que uma nova greve dos motoristas aumenta a imprevisibilidade quanto ao abastecimento, sobretudo numa altura de campanha, e apelou a que sejam tomadas medidas de prevenção para mitigar os prejuízos.

CAP diz que nova greve prolonga "imprevisibilidade" e apela à prevenção
Notícias ao Minuto

16:10 - 21/08/19 por Lusa

Economia Motoristas

"O impacto para os sistemas de abastecimento à agricultura de uma 'greve parcial' ou de uma 'greve às horas extraordinárias, aos feriados e aos fins de semana' não é conhecido. Independentemente de o Governo poder vir a fazer uso dos mesmos mecanismos legais [...], a CAP sublinha a importância de os agricultores e transportadores [...] constituírem reservas de combustível, respeitando, naturalmente, todas as regras de segurança", disse, em comunicado, a confederação.

A CAP defendeu também que o "arrastar deste conflito laboral prolonga a incerteza e a imprevisibilidade em torno do abastecimento combustível, essencial para a atividade económica em geral, e para a agricultura em particular".

Para a confederação presidida por Eduardo Oliveira e Sousa esta situação deve preocupar, sobretudo, os agricultores que vão estar em campanha em setembro, nomeadamente nas vindimas.

De acordo com os dados divulgados pelos agricultores, o setor vitivinícola é responsável por mais de 200.000 empregos diretos e indiretos, número que expressa "a importância que o setor representa para o país".

A CAP lembrou ainda que se não tivesse havido um "esforço concertado e determinado" a última greve dos motoristas teria sido "catastrófica para muitos agricultores".

Os motoristas de matérias perigosas vão voltar à greve entre os dias 07 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins de semana e trabalho extraordinário, anunciou hoje o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

A medida foi hoje avançada pelo presidente deste sindicato, Francisco São Bento, em Aveiras de Cima, distrito de Lisboa, em resposta "à intransigência da Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] em não aceitar" os "princípios básicos e legais" que os motoristas consideram essenciais "como ponto de partida para a mediação negocial".

Na terça-feira, o porta-voz da Antram, André Matias de Almeida, afirmou que o SNMMP recusou o processo de mediação, apesar de a associação patronal estar disponível para debater "quase tudo".

"Hoje [na terça-feira] deixámos aqui um documento de manhã onde abríamos quase tudo à mediação. Fomos chamados [na noite de terça-feira] ao Ministério das Infraestruturas para sermos informados de que o sindicato não aceita a mediação e quer impor aumentos salariais e o pagamento de horas suplementares, e isso não é um processo de mediação", disse, na altura, o porta-voz da Antram que falava aos jornalistas, no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa.

Por sua vez, o advogado do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, referiu, à saída da reunião com o Governo no mesmo ministério, que a Antram "não quis evitar uma possível greve por 50 euros".

Já o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu que o Governo tudo fez para que patrões e sindicatos não fossem para a mesa de negociações com "pré-condições", mas a estrutura que representa os motoristas não aceitou esta condição.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.

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