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Trabalhadores da empresa que opera logística da Super Bock em greve

Os trabalhadores da LETA, empresa de prestação de serviços que opera no setor de logística da Super Bock, vão estar em greve em 27 e 28 de agosto por não terem conseguido chegar a acordo com a entidade patronal.

Trabalhadores da empresa que opera logística da Super Bock em greve
Notícias ao Minuto

18:05 - 20/08/19 por Lusa

Economia Greve

"Na ausência de avanços claros da sua entidade patronal em direção à satisfação das suas reivindicações [os trabalhadores da LETA] decidiram manter a greve marcada para a próxima semana, nos dias 27 e 28 de agosto", adianta um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), divulgado esta terça-feira.

A decisão surge depois de, num plenário realizado na semana passada, os trabalhadores terem dado indicações sobre os limites negociais face ao caderno reivindicativo apresentado em março, sem que tenham registado por parte da empresa "qualquer demonstração de vontade em negociar".

As reivindicações dos trabalhadores da empresa que opera, em regime de exclusividade, no setor de logística da Super Bock em Leça do Balio, incluem várias matérias relacionadas com a melhoria das condições de trabalho, aumento salarial, melhoria do pagamento das horas noturnas e do trabalho prestado em regime suplementar ou o pagamento do recurso ao trabalho em horário concentrado.

No comunicado, o Sintab acusa a empresa de ter assumido uma "posição irredutível" que "expõe a sórdida convicção" dos seus responsáveis de que conseguem manter o preço da prestação do serviço à cervejeira "à custa da contínua precarização dos direitos e remunerações dos trabalhadores".

O sindicato refere ainda os "claros avanços noutras empresas que operam naquelas instalações", nomeadamente "os bons resultados conseguidos no âmbito da campanha de combate à precariedade" onde, por acordo com a Administração do Super Bock Group, se garantiu a inclusão de cerca de sessenta trabalhadores, até aqui com vínculos precários a empresas de prestação de serviços e trabalho temporário".

Já os trabalhadores da área logística, segundo o mesmo comunicado, "viram-se na grave situação de passarem a ser os mais mal remunerados de toda a área de trabalho", incluindo os que estão em regime de turnos e laboração contínua.

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