Acordo rasgado pela Altice? Governo fala em "enorme surpresa"

Foi com "enorme supresa" que o Governo viu, através dos meios de comunicação, a denúncia da Altice do protocolo com a IPTelecom.

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Beatriz Vasconcelos
20/08/2019 11:40 ‧ 20/08/2019 por Beatriz Vasconcelos

Economia

Altice

Em reação ao anúncio da Altice, esta terça-feira, de que iria denunciar o contrato para enterrar cabos com a IPTelecom, que pertence às Infraestruturas de Portugal (IP), o Governo disse ter tomado conhecimento da decisão pela comunicação social e fala numa "enorme surpresa". 

"Foi com enorme surpresa que o Governo teve conhecimento hoje, pelos jornais, da decisão da Altice de denunciar o protocolo com a IP para utilização de Infraestruturas do canal técnico rodoviário com vista a enterrar os cabos aéreos de telecomunicações", refere o Ministério das Infraestruturas e Habitação, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

Na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande foi assinado, a 7 de dezembro de 2017, um protocolo entre a Altice Portugal e a IPTelecom para a utilização de infraestruturas do canal técnico rodoviário.

objetivo deste protocolo, cuja assinatura teve lugar em Pedrógão Grande, Leiria, era enterrar os cabos aéreos de telecomunicações.

Além disso, acrescenta o gabinete do ministro Pedro Nuno Santos que no dia 8 de agosto a Altice e o Governo chegaram a um acordo sobre o assunto, "tendo sido ultrapassadas as divergências que subsistiam até à data, relativas a custos e condições de implementação dos termos do protocolo", motivo pelo qual se explica agora a surpresa do Executivo com a posição da operadora de telecomunicações. 

"Nada fazia por isso prever que a Altice tomasse esta decisão. O Governo espera que ainda seja possível que a Altice assine o acordo que fechou no dia 8 e que lhe foi remetido para assinatura", pode ler-se no comunicado. 

Também a operadora de telecomunicações reiterou a sua "disponibilidade e a boa vontade" nesta matéria que, sublinha, "implicaria a execução de trabalhos que se estimam ascenderem a cerca de seis milhões de euros, atendendo aos objetivos do Governo em aumentar a resiliência das redes de comunicações eletrónicas nos concelhos identificados como de elevada perigosidade, bem como de facilitar os investimentos em redes de nova geração, os quais ficam assim postos em causa, por razões unicamente imputáveis à IP e à IPT".

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