Nova concessão dos transportes marítimos em Cabo Verde inicia-se hoje

A nova concessão do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga entre as ilhas de Cabo Verde estreia-se hoje, sob a liderança da portuguesa Transinsular, com a previsão da realização de pelo menos 13 viagens.

Navio de carga afunda-se no porto da ilha cabo-verdiana de São Vicente

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Lusa
16/08/2019 05:32 ‧ 16/08/2019 por Lusa

Economia

Transinsular

A concessão do serviço público, por 20 anos, entrou em vigor na quinta-feira, 15 de agosto, feriado nacional, pelo que apenas hoje serão realizadas as primeiras ligações, no âmbito do novo modelo de transporte marítimo.

A informação resulta de dados compilados pela Lusa com base na programação das primeiras duas semanas de operação, divulgada pela nova empresa CV Interilhas e que inclui, inicialmente, o recurso a quatro navios.

De acordo com a programação, o navio "Inter Ilhas", do armador Polaris, vai garantir hoje seis ligações entre as ilhas de São Vicente e Santo Antão.

O navio "Liberdadi", do armador CV Fast Ferry, vai realizar hoje três viagens, assegurando ligações entre as ilhas de Santiago, Boa Vista, Sal e São Vicente.

Já o navio "Kriola", também da CV Fast Ferry, vai garantir duas viagens, entre as ilhas de Santiago (Praia), Fogo e Brava, enquanto o "Praia D'Aguada", do mesmo armador, assegurará outras duas ligações, envolvendo as ilhas de Santiago e do Maio.

A nova sociedade que gere a concessão do serviço público, conforme concurso lançado no final de 2018 pelo Governo cabo-verdiano, é liderada pela portuguesa Transinsular, que detém uma quota de 51%. Os restantes 49% são detidos por armadores cabo-verdianos, que também fornecem navios para garantir as ligações.

Em fevereiro, após a cerimónia de assinatura do contrato de concessão, na cidade da Praia, o presidente do conselho de administração da portuguesa Transinsular afirmou que o transporte marítimo em Cabo Verde vai contar com cinco navios, menos 15 que o modelo anterior (embora os armadores possam manter ligações fora da concessão), prevendo a concessionária um investimento inicial de meio milhão de euros.

A oposição cabo-verdiana tem vindo a criticar esta solução, acusando que retira o serviço aos armadores nacionais, enquanto o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, considera que este modelo "vai mudar Cabo Verde".

A nova concessão permitirá, na opinião do chefe do Governo, "disponibilizar ao país ligações marítimas interilhas em condições de regularidade, previsibilidade, qualidade e segurança".

O novo modelo irá "permitir às pessoas, aos empresários, aos produtores programarem as suas viagens, as suas produções, porque sabem que quando tiverem de viajar e escoar os seus produtos sabem em que dia o podem fazer", disse Ulisses Correia e Silva.

 

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