Sindicato dos motoristas vai negociar com mediador aberto a cedências
O presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) reconheceu hoje que a mediação é o melhor caminho para desbloquear o conflito entre os motoristas e a Antram e admitiu algumas cedências por parte dos motoristas.
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Economia Motoristas
"Chegámos à conclusão de que o melhor caminho a seguir é a mediação e fizemos um requerimento ao Governo que foi aceite e há possibilidade de nos reunirmos já amanhã [sexta-feira]", explicou Francisco São Bento, depois de ter conversado cerca de 10 minutos com os grevistas que se juntaram na Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras de Cima, Lisboa, e que concordaram com a decisão do sindicato.
O sindicalista explicou que haverá reuniões bipartidas, prevendo-se que, numa primeira fase, pelo menos, os sindicatos não se sentem à mesma mesa que a Antram.
"Estaremos presentes com o Governo como a Antram também estará, mas nada impede que, se houver um bom clima, não possamos sentarmo-nos na mesma mesa de negociações", acrescentou o presidente do sindicato.
"Agora está tudo em aberto. Quando estamos numa mesa de negociações, possivelmente terá de haver cedências de parte a parte. Se fizermos cedências, levaremos a informação aos nossos associados e se forem aprovadas por eles assinaremos o acordo", frisou.
Francisco São Bento apelou também à calma dos motoristas e disse que estes iam respeitar as decisões do Governo e cumprir os serviços mínimos.
Questionado sobre a possibilidade de suspensão da greve durante o período de negociações, o sindicalista afirmou que a paralisação dos motoristas "vai manter-se nos mesmos pressupostos das oito horas diárias e, se tiver de durar mais três, quatro ou cinco dias, assim será.
Contudo, o sindicalista ressalvou que, "dada a extrema gravidade da situação e a urgência, não deverá demorar muito tempo para as negociações começarem".
"Vamos manter a esperança de que nos próximos dias possamos iniciar o diálogo e chegar à resolução que todos esperam".
O dirigente do sindicato pediu também ao Governo que descarte a requisição civil, dizendo que os motoristas estão a "acatar todas as ordens e a cumprir os serviços mínimos e as oito horas diárias" de trabalho.
"Neste momento, não faz sentido nenhum a existência de uma requisição civil, uma vez que os trabalhadores estão a cumprir o que lhes foi requerido. Não tem nenhum efeito e até apelava ao Governo para que ponderasse e a levantasse", afirmou.
O SNMMP pediu esta tarde a mediação do Governo para chegar a um entendimento que permita terminar a greve, anunciou o presidente da estrutura sindical, Francisco São Bento.
O Governo já disse que vai nomear um mediador para tentar terminar o conflito entre a Antram e o SNMMP.
A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
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