Dona Uva investe 50 mil euros em promoção e novas embalagens
A Dona Uva, marca de uva de mesa inserida na organização de produtores Frutalmente, investiu ao longo do último ano cerca de 50 mil euros em novas embalagens, promoção e na nova campanha publicitária em 'outdoors' no ar até setembro.
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Economia Campanha
"Neste último ano, entre 'repackaging' da marca, ações em ponto de venda, 'marketing' digital, 'soft sponsoring' e campanhas publicitárias (onde se inclui esta em 'outdoors') investimos cerca de 50 mil euros", afirmou o diretor executivo da Frutalmente, Mário Rodrigues, em declarações à Lusa.
O responsável acrescentou que este é "o maior investimento em promoção" alguma vez feito.
Mário Rodrigues justificou a necessidade de apostar na comunicação e promoção da Dona Uva com o próprio crescimento da marca no mercado e com o seu crescente nível de reputação e notoriedade.
O diretor executivo da Frutalmente salientou ainda que, enquanto organização de produtores, a estratégia passa por ajudar a produção a ser rentável e acredita que, com a marca a chegar ao público de uma forma atrativa, pode ganhar maior visibilidade e mais espaço no mercado, o que permitirá à Dona Uva crescer.
De acordo com o mesmo responsável, a Frutalmente, que conta com 23 produtores na sua estrutura, está a investir, até 2022, quatro milhões de euros para aumentar a área de produção e modernizar as infraestruturas.
"O objetivo é chegar aos 280 hectares de uva de mesa. Atualmente, são cerca de 200 hectares de vinha em produção, com enfoque nas variedades sem grainha e nas variedades tradicionais, como a Dona Maria, exclusivamente portuguesa", detalha Mário Rodrigues.
O responsável pela organização de produtores refere ainda que, além de estar a investir no aumento da área de produção de uva de mesa, há também uma aposta na diversificação de culturas, sobretudo em frutos de caroço, de forma a conseguir oferecer produto ao mercado durante o maior tempo possível ao longo do ano.
Questionado sobre o peso da Dona Uva no volume de negócios da organização, Mário Rodrigues salientou que, em 2018, a marca representou cerca de 75% da faturação da Frutalmente, que se situou em 5,6 milhões de euros.
Feitas as contas, o volume de negócios da marca rondará os 4,2 milhões de euros.
O diretor executivo da organização de produtores assume que tem sido feito um trabalho na diversificação da oferta de frutas - que já inclui damascos, dióspiros, pêssegos, figos, maçãs, peras, morangos ou bagas góji -, pelo que não perspetiva que o peso da Dona Uva no volume de negócios da Frutalmente ultrapasse o atual.
Para 2019, a expectativa é que o volume de negócios da Frutalmente atinja um crescimento de cerca de 25%. Tendo em conta o aumento da área de produção de outros frutos, assim como o cada vez maior portfólio de produtos disponibilizados, em que este ano foi introduzido o morango, Mário Rodrigues antecipa que o atual contributo de 25% da marca Adoora, que engloba as outras frutas, para a faturação da empresa cresça gradualmente ao longo do tempo.
Quanto a projetos fora de Portugal, a mesma fonte explicou que, dada a procura no mercado doméstico, o esforço de produção tem sido no sentido de responder, sobretudo, aos consumidores portugueses.
"O mercado nacional absorve 95% da nossa produção, daí que apenas uma pequena fatia (5%) da nossa fruta tenha como destino o exterior, nomeadamente França", refere Mário Rodrigues.
No entanto, o responsável não esconde que, tendo em vista o investimento que a Frutalmente está a fazer em termos de aumento da produção (uva de mesa e outros frutos), terá capacidade no futuro para procurar mercados alternativos.
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