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Há quem guarde carro atestado para férias e combustível da 1.ª greve

A família da docente universitária Maria do Céu Marques, de Évora, conta as horas para o início das férias e, antecipando a greve dos motoristas, "reservou" um automóvel atestado para a viagem, no sábado, rumo ao Algarve.

Há quem guarde carro atestado para férias e combustível da 1.ª greve
Notícias ao Minuto

14:53 - 09/08/19 por Lusa

Economia greve dos motoristas

Maria do Céu Marques, de 55 anos, contou hoje à agência Lusa que "há dois dias" atestou os dois carros da família. Desde então, só têm circulado com um e o outro ficou "reservado", na garagem, de propósito para a viagem para o Algarve.

"O carro que está na garagem tem combustível suficiente para a viagem de ida e volta entre Évora e o Algarve", notou.

Graças a esta medida preventiva, a docente universitária manifestou-se segura de que as férias da família "não vão ser atrapalhadas" por uma eventual crise energética, devido à greve dos motoristas, com início convocado para segunda-feira e que poderá prolongar-se por tempo indeterminado.

Também no Alentejo, na aldeia de Aguiar, concelho de Viana do Alentejo (Évora), na anterior greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, em abril, há quem também se tenha precavido, mas o certo é que ainda lhes sobra parte desse combustível.

O relato foi feito hoje à Lusa por Joaquim Casquinha, dono do posto de combustíveis da terra, que lembrou o sucedido nessa greve, quando vários automobilistas abasteceram as viaturas, mas também "jerricãs e bilhas, daquelas que levam 20 litros".

"Levaram para casa bilhas com gasóleo e gasolina e ainda lá as têm. Ainda há dias esteve aqui uma pessoa que me disse que tinha lá uma dessas bilhas cheia, em casa", afiançou.

Na altura, "os primeiros a abastecerem foram essas pessoas, que não têm falta dos carros e que os têm sempre parados à porta", disse, em jeito de brincadeira.

"Encheram os depósitos dos carros, encheram as bilhas e nunca mais andaram nos automóveis. Uns estão reformados e outros trabalham aí na aldeia e andam a pé", continuou.

Agora, para a greve dos motoristas marcada para segunda-feira, ainda "não houve grande aumento" na afluência à bomba em Aguiar, mas Joaquim Casquinha acredita que o cenário se vai alterar a partir deste fim de semana.

"À medida que os postos de Évora ficarem sem combustível, há muita gente que vem cá abastecer e aí ficamos também nós sem combustível. Se eles 'apertarem' hoje, acabam com ele em menos de nada", previu.

Já na greve de abril, "mal o combustível começou a acabar em Évora 'caiu' aqui tudo e, apesar de costumarmos fechar às 22:00, estivemos abertos até às 23:00. Se fosse pelos automobilistas, estávamos abertos essa noite inteira", relatou.

As filas de automóveis, na altura, segundo o dono, "chegaram até ao relógio" da igreja, ou seja, desde o meio da aldeia até ao posto de combustíveis, que fica à saída para Viana do Alentejo. Desta vez, se o combustível ainda durar, o cenário deve repetir-se: "Vão ser filas até meio da aldeia".

O advogado do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse na sexta-feira que os plenários de trabalhadores no sábado são a "última oportunidade" para a Antram apresentar uma proposta que cancele a greve dos motoristas.

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas.

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