"O processo está na fase final, temos duas propostas concretas", disse Alexandre Fonseca, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
O gestor adiantou que a Altice Portugal não tem pressa em concluir o negócio, uma vez que os resultados do segundo trimestre da empresa portuguesa e do grupo no segundo trimestre "mostram solidez", o que retira pressão sobre a operação, que inicialmente estava prevista estar concluída até final de junho.
"Só faremos a venda se for de facto um bom negócio", sublinhou Alexandre Fonseca.
O gestor referiu que houve "mais de uma dezena de candidatos" à compra da fibra ótica e que agora existem "duas propostas concretas".
Alexandre Fonseca, que acrescentou que uma das propostas é europeia, não avançou, contudo, o nome dos interessados na compra da fibra ótica.
O presidente executivo da Altice Portugal sublinhou que 35% do investimento de 2.000 milhões de euros feito pela empresa foi aplicado na construção da fibra ótica.
O gestor disse que ainda não está definida a percentagem que a empresa vai ter na sociedade, aquando da venda da fibra, mas que "ter uma posição maioritária não está fora de causa".
Sobre o anúncio feito pela concorrência de que vai aumentar o número de casas com fibra, Alexandre Fonseca afirmou que "anunciar fibra é um ato, construir fibra é outro", assinalando que a Altice Portugal chegou a ter um ritmo de 120.000 casas com fibra por mês e que a operadora é das "melhores a nível europeu a construir fibra".
"Mesmo que esse anúncio [da concorrência] se concretize, ainda vai demorar", considerou.
A NOS e Vodafone Portugal anunciaram recentemente um acordo com a dstelecom para a construção e utilização de uma nova rede de fibra ótica para aumentar a sua cobertura.
Alexandre Fonseca salientou que a concorrência, "para não perder o comboio", tem de fazer investimento em fibra, nomeadamente devido ao advento do 5G (quinta geração móvel).
A quase totalidade (95%) das torres que são servidas pela Altice Portugal têm fibra.