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Yuan desvaloriza e quebra barreira psicológica de 7 para 1 face ao dólar

As taxas de câmbio do yuan chinês face ao dólar norte-americano quebraram hoje a 'barreira psicológica' de 7 para 1, após o anúncio do Presidente dos Estados Unidos de impor novas tarifas aos produtos importados da China.

Yuan desvaloriza e quebra barreira psicológica de 7 para 1 face ao dólar
Notícias ao Minuto

08:59 - 05/08/19 por Lusa

Economia Divisas

De acordo com o portal de notícias financeiras chinês Yicai, cada dólar foi trocado por 7,0258 yuans, de acordo com a taxa "onshore" - aquela operada nos mercados locais, a cotação mais alta desde abril de 2008.

Quando a taxa 'onshore' cresce é um sinal de que o renminbi (nome oficial da moeda chinesa) está a enfraquecer, já que é mais caro para os detentores de yuan comprar dólares.

Enquanto isso, a taxa 'offshore' - a que é operada em mercados internacionais como o de Hong Kong - subiu 1,38% e ficou em 7,0683 yuans por dólar norte-americano.

Foi a primeira vez que o yuan subiu acima de 7 em relação ao dólar, considerado por muitos analistas uma 'barreira psicológica' para os investidores, desde que o mercado 'offshore' foi aberto em Hong Kong em 2010.

Um porta-voz do Banco Popular da China disse, citado pelo mesmo portal, que a depreciação do yuan é justificada por "medidas unilaterais e protecionismo comercial", bem como "a imposição de aumento de tarifas contra a China", numa clara referência ao último episódio da guerra comercial que Pequim e Washington mantêm desde março de 2018.

Na quinta-feira, o Presidente norte-americano Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas de 10% sobre produtos chineses avaliados em 300 mil milhões de dólares até 01 de setembro. O Ministério do Comércio da China respondeu que ia retaliar, sem adiantar pormenores.

Uma das principais queixas do Governo dos EUA no contexto do conflito comercial é de que Pequim manipula a moeda para evitar a valorização e, consequentemente, as exportações percam competitividade.

Um yuan mais fraco significa que os produtos chineses são mais baratos, o que pode ajudar a conter o efeito negativo das novas tarifas dos EUA sobre a competitividade da economia de Pequim.

Contudo, o Banco Popular da China indicou já que as flutuações do renminbi são ajustadas ao mercado, mas que a moeda chinesa "permanece estável e forte", garantindo ter "experiência, confiança e capacidade" para manter a estabilidade a um "nível apropriado" das taxas de câmbio no país.

Além disso, o banco central anunciou "mão dura" contra a especulação de curto prazo.

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