Estratégia de Centeno ao FMI "foi estranha, se não mesmo fantasiosa"
Francisco Louçã considerou que a estratégia de Centeno foi "bastante estranha e que na verdade fracassou por completo".
© Global Imagens
Economia Louçã
A búlgara Kristalina Georgieva é a candidata europeia à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta não era, como constatou Francisco Louçã, "a candidata mais qualificada".
O candidato indiano Raghuram Rajan "tem seguramente muito melhores qualificações", assegurou. A diretora-executiva do Banco Mundial foi escolhida "numa situação de fraqueza", mas, acrescentou o bloquista, "era a candidata de Macron o que dava a entender que as hipóteses de Centeno eram sempre muito pequenas".
A estratégia de Centeno, acredita, "foi estranha, se não mesmo um pouco fantasiosa". Afirmou ainda Louçã no seu habitual espaço de comentário na antena da SIC Notícias que "era óbvio que era incómodo para o primeiro-ministro esta candidatura porque lhe retirava um trunfo eleitoral e dá a ideia de que os dirigentes políticos portugueses estão a pensar mais na carreira do que nas suas responsabilidades e isso é péssimo". Mas, frisou ainda, "ele nunca teve hipóteses verdadeiramente".
Ao final da noite desta quinta-feira, Mário Centeno anunciou na rede social Twitter que não iria integrar a votação desta sexta-feira e que definiria o candidato europeu ao FMI. Nesta altura, asseverou o ex-líder bloquista, o ministro das Finanças português "só tinha o voto da Itália e de pequenos estados da Europa Central e de Leste, que era um pouco embaraçoso. Provavelmente seria dos candidatos menos votados, se não o menos votado".
Ao deixar a corrida para já, Centeno disponibilizou-se ainda para, caso "todos fracassassem, aceitar repescar-se como salvador do FMI. Esta é uma estratégia bastante estranha e que na verdade fracassou por completo".
Recorde-se que a formalização da designação de Kristalina Georgieva como candidata europeia acontece depois de o outro finalista na votação, o holandês Jeroen Dijsselbloem, ter reconhecido a derrota e abdicado da disputa.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com