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Presidente do BPI critica Moody's por avaliação de dívida sénior

O presidente executivo do BPI, Pablo Forero, criticou hoje a avaliação negativa que a agência de notação financeira ('rating') Moody's fez da dívida sénior do banco, dizendo que a instituição detida pelo espanhol CaixaBank "não tem dívida sénior".

Presidente do BPI critica Moody's por avaliação de dívida sénior
Notícias ao Minuto

13:53 - 29/07/19 por Lusa

Economia BPI

"Não percebemos bem, porque o banco não tem dívida sénior. Nem vai ter. E já explicámos isto à Moody's", disse hoje Pablo Forero aos jornalistas durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais do banco (lucros de 134,5 milhões de euros), que decorreu em Lisboa.

No dia 26 de junho, a Moody's cortou o 'rating' da dívida sénior ordinária do BPI de Baa2 para Ba1 com 'outlook' (perspetiva) "estável", depois da entrada em vigor de uma lei que dá preferência aos depósitos em caso de resolução de um banco.

"Estamos a falar com eles [Moody's], eles percebem que não temos dívida sénior, e que se a solução para resolver isto seria emitir mais dívida sénior, é um bocadinho antinatural", considerou Pablo Forero, considerando que a avaliação em baixa "foi um exercício muito teórico" por parte da agência de 'rating'.

"É uma coisa de que não gostamos", afirmou o gestor, sugerindo que uma "solução boa seria que a Moody's tivesse um rating público para depósitos, que já tem, um rating público para o banco, que não tem, e um rating público para dívida sénior, que já tem".

Pablo Forero congratulou-se ainda pelo facto de as outras agências não estarem "a aderir à mesma metodologia da Moody's".

Segundo um comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no dia 26 de junho, o banco recordou que "em março de 2019 entrou em vigor um novo quadro regulamentar em Portugal que estendeu a preferência creditícia a todos os depósitos relativamente à dívida sénior ordinária (dívida 'senior unsecured'), reforçando a proteção dos depósitos num cenário de resolução".

Neste âmbito, "a Moody's reduziu o 'rating' do emissor e da dívida sénior ordinária (dívida 'senior unsecured') de longo prazo do banco de Baa2 para Ba1 com 'outlook' "estável", uma vez que a extensão da preferência creditícia a todos os depósitos reflete-se numa redução do volume de instrumentos suscetíveis de absorver perdas ao nível da dívida sénior ordinária (dívida 'senior unsecured'), em caso de resolução".

Ainda assim, "o montante de dívida sénior ordinária ('senior unsecured') do banco BPI era de apenas 12 milhões de euros em 31 de março 2019", de acordo com o mesmo comunicado, que acrescenta que "o 'rating' da outra dívida de curto prazo foi alterado de P-2 para Not Prime".

Em dezembro do ano passado, a Moody's já tinha alertado para o impacto desta nova lei nos 'ratings' da banca nacional.

Nessa altura, a agência manteve os 'ratings' dos bancos portugueses, mas mudou para negativo vários 'outlooks', devido à "implementação de um novo enquadramento legal" que dá preferência aos depositantes sobre os investidores em caso de resolução.

Para a Moody's, a nova legislação poderia levar a que a futura insolvência de bancos fosse mais aparatosa e isso resultar em 'ratings' mais baixos para a dívida portuguesa sénior não garantida e por isso mudou o 'outlook' para negativo nestes instrumentos, em muitos casos".

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