Em comunicado, a instituição sinaliza que a queda no lucro dos primeiros seis meses é explicada pelos impactos positivos extraordinários de 118 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2018, essencialmente ganhos com a venda de participações, mas também pela alteração da classificação contabilística do Banco Fomento de Angola (BFA) no final de 2018.
O lucro líquido recorrente da atividade registada em Portugal alcançou os 86,9 milhões de euros no período, o que corresponde a uma redução homóloga de 17%, que inclui o resultado do primeiro semestre deduzido do dividendo de acordo com o limite superior da política de dividendos, sujeito à aprovação pela entidade de supervisão, as imparidades de 11 milhões de euros em fundos de recuperação e a redução em cinco milhões de euros do lucro em operações financeiras e outros proveitos.
O contributo do BFA para o lucro consolidado no primeiro semestre 2019 ascendeu a 38,1 milhões de euros, "refletindo os dividendos líquidos relativos ao exercício de 2018, atribuídos ao BPI".
Os recursos totais de clientes do BPI aumentaram 2,7% para 905 milhões de euros, enquanto a carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 1,4% para 336 milhões de euros.
O BPI sinaliza que o rácio de malparado (Non-performing Exposures - NPE) permaneceu "robusto", baixando duas décimas para 3,3%.
O rácio de CET1 ascendeu a 13,4% e o rácio total situou-se nos 15,2%, acrescenta.