Autarcas de Évora exigem descontos para passes de transporte ferroviário
A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) vai exigir à CP - Comboios de Portugal a inclusão dos passes de transporte ferroviário dos utilizadores do seu território no Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART).
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Economia Transportes
A exigência da CIMAC, que junta os 14 municípios do distrito de Évora, vai ser feita numa reunião que está marcada para 19 de agosto, indicaram hoje à agência Lusa fontes da comunidade intermunicipal.
As mesmas fontes adiantaram que estão interessados nos descontos os municípios de Vendas Novas, Montemor-o-Novo (com estação em Casa Branca) e Évora, os únicos da área da CIMAC que são servidos pela Linha do Alentejo.
A reunião com a CP foi marcada depois de o conselho intermunicipal da CIMAC, composto pelos 14 presidentes de câmara do distrito de Évora, ter aprovado uma tomada de posição que exige uma reunião com a CP para que fosse incluída no PART os passes dos utilizadores do transporte ferroviário.
A proposta de tomada de posição, aprovada por unanimidade, foi apresentada pelo presidente da Câmara de Vendas Novas, o socialista Luís Dias, segundo divulgou hoje o município, em comunicado enviado à Lusa.
"O PART não abrange os passes dos utilizadores do transporte ferroviário, apesar da insistência do município de Vendas Novas e da CIMAC, que estranham a resistência da CP em não permitir a sua aplicação e os sucessivos adiamentos das reuniões agendadas com o intuito de encontrar um entendimento", pode ler-se no tomada de posição.
O conselho intermunicipal da CIMAC decidiu, por outro lado, fixar o desconto nos passes mensais de transportes rodoviários aos residentes na sua área geográfica em 60% do seu valor.
A CIMAC abrange os municípios de Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vila Viçosa.
O PART conta no total com 104 milhões de euros do Fundo Ambiental, através do Orçamento do Estado, e terá a comparticipação de 12 milhões de euros dos municípios, cabendo a cada comunidade intermunicipal definir, a nível local, qual será o valor da redução no preço das viagens.
Pelo menos 60% do total que cada uma destas entidades vai receber terá de ser aplicado em "ações de apoio à redução tarifária nos transportes públicos coletivos" e o restante utilizado "no aumento da oferta de serviço e na extensão da rede".
O objetivo do Governo é conseguir mais 100 mil utilizadores dos transportes públicos, num total de mais 63 milhões de viagens anuais, reduzindo em 79 mil toneladas as emissões de CO2.
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