Trabalhadores das cantinas escolares de Santo Tirso em protesto

Trabalhadores das cantinas escolares do município de Santo Tirso, da empresa Uniself, concentraram-se hoje frente à Câmara local para solicitar que fiscalize o cumprimento do caderno de encargos, por alegadamente não estar a ser cumprido.

cantina, trabalhador

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Lusa
18/07/2019 12:35 ‧ 18/07/2019 por Lusa

Economia

Autarquia

Em declarações à Lusa, Nuno Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, disse que foi entregue uma moção na autarquia e um pedido para que se realize uma reunião entre a empresa, a câmara e o sindicato para discutir as reivindicações dos trabalhadores.

Os trabalhadores protestaram contra "a falta de pessoal nas cantinas, os ritmos de trabalho intensos e a polivalência desvalorizada das cozinheiras, que são obrigadas a fazer tudo no refeitório, desde a limpeza, à lavagem de louça, preparação e confeção das refeições", disse o sindicalista.

Pretendem também melhores salários e a contratação de todos os trabalhadores para todo o ano letivo, bem como a passagem a efetivos de todos os trabalhadores, pelo menos nas cantinas que estão abertas de setembro a julho do ano seguinte.

Protestaram ainda contra a redução da carga horária e contra a contratação de trabalhadores pelas empresas de trabalho temporário.

A Lusa contactou a Câmara de Santo Tirso que, em comunicado, refere que, no âmbito do caderno de encargos, a autarquia tem fiscalizado o funcionamento das cantinas escolares do 1.º ciclo de forma regular, ao longo de todo o ano, considerando "estranho que o sindicato esteja a fazer este protesto em frente aos Paços do Concelho, quando as reivindicações estabelecidas não dizem respeito à Câmara de Santo Tirso, uma vez que se tratam de funcionários da Uniself S.A".

Ainda assim, acrescenta a autarquia, "o chefe de gabinete da Câmara de Santo Tirso recebeu os representantes sindicais, assegurando que as reivindicações irão ser transmitidas à Uniself".

Segundo a Câmara de Santo Tirso, de acordo com a informação recolhida junto dos estabelecimentos de ensino, apenas cinco cozinheiras aderiram à greve, nomeadamente nas escolas da Ermida, Merouços, Cantim, Quinchães e Jardim-de-Infância da Vinha.

A Câmara de Santo Tirso tem um contrato de prestação de serviços com a empresa Uniself, que resultou de um concurso público internacional, para assegurar as refeições nas cantinas das 36 escolas do 1.º ciclo do município.

De acordo com o caderno de encargos estabelecido pela Câmara, "a empresa Uniself tem afetas às cantinas do município 80 colaboradoras, entre cozinheiras e empregadas de refeitório".

"Portanto, o vínculo contratual entre as colaboradoras é com a empresa e não com a Câmara Municipal", conclui a autarquia.

A Lusa tentou contactar a Uniself, mas até ao momento tal não foi possível.

 

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