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Aeroporto 'voltou' ao Montijo com este Governo, mas aguarda estudo

O projeto do novo aeroporto de Lisboa arrasta-se há anos, mas conheceu avanços nesta legislatura, com o anúncio da localização no Montijo, após um acordo com a Força Aérea, aguardando-se agora o Estudo de Impacto Ambiental.

Aeroporto 'voltou' ao Montijo com este Governo, mas aguarda estudo
Notícias ao Minuto

09:00 - 18/07/19 por Lusa

Economia Montijo

Em janeiro de 2016, o Governo liderado por António Costa dava conta de que estava a aprofundar o estudo do projeto do aeroporto do Montijo, complementar ao de Lisboa, solução do anterior executivo para responder ao estrangulamento da Portela.

Pedro Marques, então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, adiantou nessa altura que estava a ser feito "o estudo das soluções que tinham sido apontadas e em particular de uma solução", referindo-se ao projeto do aeroporto do Montijo, a criar na Base Aérea n.º 6 e complementar ao Aeroporto Humberto Delgado, também conhecido como aeroporto da Portela, em Lisboa.

"Mais cedo do que mais tarde, temos que fazer o trabalho de encontrar uma solução", declarou o governante, referindo-se ao aumento do número de passageiros acima do previsto no aeroporto de Lisboa em 2015, que ultrapassou nesse ano a barreira dos 20 milhões e em janeiro deste ano atingiu o valor recorde de 29 milhões.

Em março de 2016, o então presidente do Conselho de Administração da ANA - Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leão, afirmou que era "importante tomar decisões políticas" sobre a solução para o aeroporto ainda nesse ano, considerando a melhor solução o Montijo.

Entretanto, também as companhias aéreas a operar no aeroporto de Lisboa, enfrentando crescentes desafios operacionais, aumentaram a pressão para que fosse encontrada uma solução.

A TAP, que tem o seu 'hub' (plataforma de distribuição de voos) no aeroporto de Lisboa, pela voz do empresário David Neeleman, um dos seus donos, afirmou que era necessária a expansão do aeroporto de Lisboa, sugerindo precisamente a utilização do Montijo, e defendeu que este processo teria de avançar rapidamente porque a companhia não podia esperar mais.

"Nós precisamos de mais pistas, mais terminais. Nós temos um aeroporto do lado de lá [do Tejo, a base do Montijo] que tem de ser aberto, porque sem isso não vamos poder crescer", afirmou em setembro de 2016 o empresário, do consórcio Atlantic Gateway, o acionista privado da TAP.

Contudo, posteriormente, a TAP referiu que via a solução Montijo com bons olhos, mas disse "estar fora de questão" transferir parte da sua operação para a outra margem do rio Tejo.

Só no início deste ano a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028.

Este valor inclui a extensão da atual estrutura Humberto Delgado e a transformação da base aérea do Montijo em aeroporto civil, cujo início de funcionamento está previsto para 2022.

Na sequência da decisão de construir o aeroporto complementar no Montijo, a Força Aérea Portuguesa vai dispor de 100 milhões de euros para a relocalização das aeronaves, financiados pela concessionária, que vai também suportar as despesas com a reestruturação do aeródromo militar de Figo Maduro, que ficará noutro local do aeroporto Humberto Delgado, no valor de 28 milhões de euros.

A assinatura ocorreu quando ainda não tinha sido entregue o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pela ANA, o que a gestora dos aeroportos fez em abril, estando neste momento nas mãos da Agência Portuguesa do Ambiente, a autoridade para a área ambiental.

As organizações ambientalistas têm listado vários problemas na escolha do Montijo, desde o ruído às acessibilidades, e uma delas, a Zero, defende a necessidade de uma Avaliação Ambiental Estratégica ao novo aeroporto, tendo mesmo apresentado uma ação judicial contra a APA.

O primeiro-ministro, António Costa, já disse que apenas aguarda o EIA para a escolha da localização do novo aeroporto ser "irreversível" e admitiu que "não há plano B" para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa, caso o EIA chumbe a localização no Montijo.

António Costa garantiu também que "não haverá aeroporto no Montijo" se o EIA não o permitir.

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