Embraer apresenta novo avião em Macau para conquistar mercado asiático
A fabricante brasileira Embraer, líder no segmento de aeronaves para voos regionais, apresentou hoje em Macau o novo avião "TechLion", mais eficiente e silencioso, com o qual pretende reforçar a presença no mercado asiático.
© Reuters
Economia Embraer
Foi na região administrativa especial chinesa que o novo modelo E-195-E2 realizou a segunda paragem de uma demonstração mundial, que arrancou esta segunda-feira em Xiamen, na costa sudeste da China, seguindo depois para mais países na região da Ásia-Pacífico.
"Esperamos que as atuais companhias aéreas e também aquelas interessadas em operar em Macau compreendam a vantagem que este avião pode trazer a este mercado", afirmou, em declarações aos jornalistas, o vice-presidente do departamento de Vendas e Marketing para a China da Embraer, Guo Qing.
A maior aeronave comercial já fabricada pela Embraer, com capacidade até 146 assentos e autonomia de 4,8 mil quilómetros, quer ajudar Macau a explorar o mercado secundário, com o aumento de ligações a cidades mais pequenas, explicou o responsável.
"É exatamente o que Macau precisa para expandir a sua rede aérea para cidades secundárias e terciárias", sustentou, sublinhando que, atualmente, operam essencialmente em Macau aeronaves com mais de 150 lugares.
Para Guo Qing, o aumento contínuo de rotas e de novas companhias aéreas alinha-se com a ambição do território em tornar-se "não só a capital mundial do jogo, mas um centro mundial de turismo e lazer", contribuindo também para a integração da cidade na região da Grande Baía Hong Kong-Zhuhai-Macau.
Comparativamente com o modelo anterior, o E-195-E2 apresenta menos 65% do ruído e consome menos 10% de combustível.
Sem avançar se já alguma companhia aérea, nomeadamente a Air Macau, manifestou interesse pelo novo avião, Qing indicou que a fabricante está em negociações e acredita que terá "potenciais compradores" nesta região.
No entanto, falta ainda a certificação na China - e nas regiões administrativas especiais -, depois de já ter recebido a 'luz verde' das Agência Nacional de Aviação do Brasil (ANAC), da Administração Federal de Aviação (FAA - Estados Unidos) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação.
Questionado sobre a parceria com a norte-americana Boeing, o mesmo responsável afirmou que tem havido "alguns progressos" e mostrou-se otimista que tal deverá acontecer até ao final do ano, realçando a defesa da empresa pelo livre-comércio, num momento de tensões comerciais entre as duas maiores potências mundiais, China e Estados Unidos.
No mês passado, a fabricante brasileira estimou uma procura de 10.550 novas aeronaves (até 150 lugares) em todo o mundo nos próximos 20 anos, no valor de 600 mil milhões de dólares (535,5 mil milhões de euros).
A região da Ásia-Pacífico deve ser responsável pelo maior crescimento da procura (28%), seguida pela América do Norte (26%), Europa (21%), América Latina (11%), África (4%) e Médio Oriente (4%).
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais até 150 lugares e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.
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