Incerteza no 'Brexit' leva Bruxelas a manter estimativas para Reino Unido

A incerteza económica e política associada à saída do Reino Unido da União Europeia (UE) levou hoje a Comissão Europeia a manter as perspetivas de crescimento até 2020, voltando a alertar para o "fraco investimento privado" no país.

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Lusa
10/07/2019 10:39 ‧ 10/07/2019 por Lusa

Economia

UE/Previsões

 

Nas previsões económicas intercalares de verão, hoje divulgadas, o executivo comunitário volta assim a prever um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Reino Unido de 1,3% este ano e em 2020, como já havia projetado nas estimativas de primavera.

No documento, Bruxelas aponta que "a criação de 'stocks' e outras medidas tomadas pelo Reino Unido para mitigar as incertezas em torno da saída [...] da UE [no âmbito do 'Brexit'] impulsionaram, temporariamente, o crescimento no primeiro trimestre deste ano".

Porém, a partir daí, estas medidas de mitigação "tiveram um efeito oposto, amortecedor, no crescimento económico", acrescenta.

Para este ano, Bruxelas aponta, por isso, que "o investimento privado deve permanecer fraco dada a incerteza sobre a natureza da futura relação comercial do Reino Unido com a UE".

Ao mesmo tempo, "as exportações líquidas devem continuar a contribuir negativamente para o crescimento devido à procura externa moderada".

Ainda assim, é esperado um "forte investimento público", assim como medidas de incentivo fiscal, que equilibram a 'balança' e permitem alcançar um PIB estável, segundo o executivo comunitário.

No que toca à taxa de inflação, baseada no índice de preços no consumidor, a Comissão Europeia prevê um abrandamento para 1,8% este ano e para 2% em 2020, quando previa 2% e 2,1%, respetivamente, nas anteriores previsões de primavera.

A justificar este abrandamento estão, segundo Bruxelas, os "preços mais baixos do petróleo" este ano, enquanto a taxa do próximo ano se deve a "pressões salariais sustentadas".

O país vive uma situação de incerteza devido ao 'Brexit', prevista para 31 de outubro, sem estar clarificado se haverá acordo.

O Reino Unido terá, em finais deste mês, um novo primeiro-ministro depois da anunciada demissão em junho último de Theresa May como líder conservadora e chefe do Governo, por não ter conseguido que o Parlamento britânico aprovasse o acordo do 'Brexit' negociado com a UE.

Os candidatos à sucessão de May à frente do Governo são o ex-ministro de Negócios Estrangeiros e antigo presidente da Câmara de Londres Boris Johnson, o favorito, e o atual titular do Foreign Office, Jeremy Hunt.

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