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Após caos em abril, motoristas de matérias perigosas ameaçam nova greve

O 1.º Congresso Nacional de Motoristas para discutir as condições de trabalho do setor, em negociação, está a ter lugar em Santarém este sábado e após algumas horas de discussão há uma nova ameaça de greve.

Após caos em abril, motoristas de matérias perigosas ameaçam nova greve
Notícias ao Minuto

18:50 - 06/07/19 por Sara Gouveia

Economia Sindicato

Os sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e Independente dos Motoristas de Mercadorias promovem hoje, em Santarém, o 1.º Congresso Nacional de Motoristas para discutir as condições de trabalho do setor, em negociação. Após algumas horas de discussão, sobre vários pontos, incluindo a revisão de uma nova grelha salarial, há um pré-aviso de greve.

Para dia 15 deste mês, a pedido do SNMMP, está já marcada uma reunião negocial no Ministério do Trabalho, mas os motoristas prometem avançar para este encontro já com um conjunto de propostas já aprovadas pelos dois sindicatos e com a decisão de que será entregue nesse dia um pré-aviso de greve para 12 de agosto sem prazo para terminar, até entrar em vigor o novo Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para o setor.

Estes dois sindicatos independentes, juntamente com a federação sindical filiada na CGTP, têm vindo a negociar com a associação empresarial do setor, a ANTRAM, a revisão do contrato coletivo, sob a mediação do Ministério do Trabalho e a paralisação ficará sem efeito caso vejam as suas reivindicações atendidas.

A proposta prevê um aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos (1.400 euros brutos para 2020, 1.600 para 2021 e 1.800 para 2022), melhoria das condições de trabalho e pagamento das horas extraordinárias a partir das oito horas de trabalho, entre outras medidas.

"A greve não agrada a ninguém, não agrada ao país, não agrada aos motoristas, nem às empresas, é a bomba atómica que temos do nosso lado e as pessoas só partem para uma greve, e os motoristas só estão a fazer isto e a lutar pela vida deles porque não estão satisfeitos com as condições. Há mais de 20 anos que estas condições precárias se têm perpetuado e tem de haver uma mudança, mas fazem promessas [os empregadores do setor] e continuam sem cumprir essas promessas e nós não aceitamos isso", deu conta, na antena da SIC Notícias, Pedro Pardal Henriques, do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas.

O setor conta com cerca de 50.000 motoristas de veículos pesados de mercadorias, 900 dos quais a transportar mercadorias perigosas. O congresso conta com cerca de 300 pessoas. 

Recorde-se que em abril deste ano vários postos de abastecimento de combustível ficaram vazios um pouco por todo o país durante a última paralisação dos camionistas que teve uma duração de três dias.

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