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Presidente moçambicano pediu em Viseu mais investimento no seu país

O Presidente da República de Moçambique pediu hoje à Câmara de Viseu, de quem recebeu a chave da cidade, e ao grupo empresarial Visabeira para investirem mais naquele país e desejou que se façam "mais Félix" na cidade.

Presidente moçambicano pediu em Viseu mais investimento no seu país
Notícias ao Minuto

19:27 - 05/07/19 por Lusa

Economia Moçambique

"Estando aqui, na sede do grupo Visabeira, quero convidar para continuar a investir mais para Portugal, para Moçambique, na formação. Nós vamos dar o nosso apoio, sobretudo depois de ver todo o potencial que pouco exploramos para ver se pode crescer mais", desafiou o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.

O Presidente moçambicano falava no salão nobre da Câmara Municipal de Viseu, cidade onde vai permanecer até sábado, numa visita particular e a convite deste grupo empresarial viseense fortemente implantado naquele país africano.

"Em Moçambique, devia seguir com outras atividades, sem ser aquelas que são a vocação do grupo, procuraremos explorar ao máximo e vamos dignificar também esta região, este município", prometeu.

No único ato oficial em Viseu, no âmbito da visita de Estado de quatro dias a Portugal, Filipe Nyusi usou da palavra para agradecer a "calorosa receção" que teve, com uma "fila de todo o tipo de moçambicanos, até de origem asiática" que o quis cumprimentar e lembrou os "imensos amigos, alguns com mais de 20 anos" que tem, também naquela cidade.

Nas suas palavras, sempre com sentido de humor presente, o Presidente da República, assumido jogador de futebol, felicitou a cidade por "ter o João Félix", jogador que se transferiu do SL Benfica para o Atlético de Madrid, e pediu aos viseenses para que "façam mais Félix que possam dignificar a terra".

"Não é por acaso que ele surgiu, significa que há um trabalho que é feito, primeiro pela sua família, mas também no meio que o rodeia", considerou o Presidente que, depois de receber as chaves da cidade de Viseu, se assumiu um cidadão viseense e que irá começar a "reclamar por aquilo que não funcionar bem".

"E a chave significa confiança e, por natureza, gosto de ser exigente. A poluição sonora, [vou] reclamar, a sujidade e os que não gostam de limpar a cidade, [vou] reclamar, aqueles que não gostam de fazer jardins nos quintais, também vou reclamar como munícipe e eles [os autarcas] vão ter mais uma dor de cabeça, porque vão ter mais uma pessoa que vai fazer queixas quando as coisas não funcionam bem", avisou Filipe Nyusi.

Ainda assim, o chefe de Estado admitiu que "do pouco" que viu, as "coisas estão muito bem na cidade" onde "o verde" da natureza foi o que ressaltou na sua primeira visita a Viseu, apesar de ter "recebido convites há mais de 20 anos" para visitar a urbe beirã.

Filipe Nyusi mostrou-se feliz por não ter estado na cidade nessa altura, uma vez que, defendeu, "possivelmente, se tivesse vindo, não teria recebido a chave da cidade", uma vez que não era Presidente.

"Existe um provérbio na minha terra que diz que não se entrega a chave da casa a qualquer pessoa, porque o feiticeiro só pode entrar com as portas abertas com alguém da família. Recebi a chave e não vou abrir a porta para entrar o feiticeiro, vou fechar e vou abrir para entrarem boas pessoas", prometeu.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, que assumiu estar "muito emocionado" por entregar a chave da sua cidade ao chefe de Estado do país onde passou a sua infância, e com quem tem "grande afinidade", assumiu que quer "alargar a cooperação" existente.

"Queremos continuar a aprofundar as relações com Moçambique nos interesses comuns com os nossos povos. Além da economia e da cultura, queremos também alargar a cooperação a outros domínios", assumiu António Almeida Henriques.

Neste sentido, destacou o ensino superior de Viseu e a sua "qualidade" e enumerou vários investimentos feitos no município, nas áreas da tecnologia, para considerar que "há aqui uma boa oportunidade de aprofundar ainda mais esta relação e de poder criar sinergias de desenvolvimento comum para os dois povos".

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