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Do FMI para o BCE: Lagarde será, mais uma vez, a 1.ª mulher no cargo
Lagarde já disse estar "muito honrada por ter sido nomeada para a presidência" do Banco Central Europeu.
© Reuters
Economia Lagarde
Christine Lagarde foi a primeira mulher à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e prepara-se para voltar a repetir este feito, desta vez, à frente do Banco Central Europeu (BCE), ocupando o lugar que até então pertence a Mario Draghi.
O nome de Lagarde foi apontado no Conselho Europeu, na terça-feira, pelos líderes da União Europeia (UE), depois de várias conversações, porque o consenso estava difícil.
De acordo com a Bloomberg, Lagarde será a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do BCE, num momento em que a economia da zona euro precisa de estímulos adicionais.
Assim que teve conhecimento da nomeação, Lagarde decidiu suspender as suas funções no FMI, até que o período de nomeação termine, tal como escreveu na sua conta oficial do Twitter. Porém, não deixou de dizer que se sentiu "muito honrada por ter sido nomeada para a presidência" do BCE.
I am honored to have been nominated for the @ECB Presidency. In light of this, and in consultation with the Ethics Committee of the IMF Executive Board, I have decided to temporarily relinquish my responsibilities as IMF Managing Director during the nomination period.
— Christine Lagarde (@Lagarde) 2 de julho de 2019
Caso se concretize a escolha dos líderes europeus - que ainda tem de ser submetida a vários passos -, a diretora-geral do FMI, que foi também ministra das Finanças de França, vai suceder a Draghi quando o seu mandato terminar, a 31 de outubro.
Atualmente, sublinhe-se, o BCE é uma instituição que tem apenas duas mulheres entre os 25 membros do seu corpo máximo, o conselho de governadores.
Lagarde nasceu há 63 anos em Paris e licenciou-se em Direito, tendo uma pós-graduação em Ciência Política. Esteve em Portugal em março, quando participou no Conselho de Estado, que decorreu no Palácio de Belém, em Lisboa, onde a diretora-geral do FMI foi a convidada especial. Na altura, Lagarde elogiou os "enormes progressos" de Portugal, mas frisou que é preciso intensificar esforços para que o País esteja preparado para o futuro.
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