Setor português da joalharia espera valer 1.000 milhões em 2019
O presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal estimou hoje que o volume de negócios do setor para 2019 seja de mil milhões de euros, destacando que há joias a "rolar" para China, EUA, França e Espanha.
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Economia Joalharia
"Já há joias portuguesas a rolar para esses mercados [China, EUA, França, Espanha] e com bastante aceitação" e com "algum crescimento", declarou hoje o presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), Nuno Marinho, avançando esperar que para 2019 o volume de negócios seja na mesma ordem de grandeza que se registou em 2017, ou seja, no valor de "mil milhões de euros".
Em entrevista telefónica à agência Lusa no âmbito do evento Portuguese Jewellery Legacy -- Showcase & Exhibition, que vai acontecer na Casa da Arquitetura (Matosinhos, Porto), esta sexta-feira e sábado, Nuno Marinho, disse que, apesar dos números de 2018 ainda não estarem fechados, a tendência de crescimento deve manter-se e projetar-se "durante o ano de 2019".
Em 2017, o volume de negócios da joalharia portuguesa foi de mil milhões de euros e, desse valor total, 100 milhões de euros são fruto das exportações.
"Com o surgimento da crise reinventou-se [o setor da joalharia] e projetou-se para a internacionalização", sendo que os mercados tradicionais como "Espanha, França e EUA" estão no topo da lista das exportações, mas a projeção tem crescido em mercados do Oriente como "Hong Kong", elencou Nuno Marinho.
O presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), associação com mais de 400 associados, avançou também que aquela indústria está a trabalhar para que, em 2022, as exportações cresçam dos atuais 10% para 15% do volume de negócio total.
A primeira edição do evento Portuguese Jewellery Legacy -- Showcase & Exhibition arranca esta sexta-feira, pelas 11:00, na Casa da Arquitetura, com entrada gratuita mediante pré-inscrição, e na agenda está a conferência sobre "A História das nossas joias", com os oradores Rui Galopim (Portugal Gemas Academy), Rosa Maria Mota (O uso do ouro popular no Norte de Portugal no século XX) e Manuel Sousa (Museu do Ouro Travassos).
No evento vão estar também em exposição 20 marcas de joalharia nacional que "representam a nova dinâmica da joalharia portuguesa", e estão agendadas outras conferências sobre sustentabilidade e negócio do setor.
"Queremos inspirar as nossas empresas a adotar políticas mais sustentáveis de gestão e proteção dos recursos naturais, encorajar a reciclagem e reutilização de materiais, bem como defender princípios de respeito e igualdade para todos", acrescenta Nuno Marinho, referindo que o objetivo é mostrar como a joalharia contraria a tendência insustentável do mercado de consumo, com a premissa que as "joias são eternas".
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes a 2015 indicam que havia um total de 4.237 empresas do setor, com 3.339 na parte do comércio, 655 no fabrico e 243 na parte da reparação.
A maioria das empresas estão no Norte de Portugal (54%) e em Lisboa (23%).
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