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Irão: Acordo para prolongar cortes na produção petróleo é unilateral

O ministro do petróleo iraniano, Bijan Namdar Zanganeh, denunciou hoje em Viena a natureza unilateral do acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita para prolongar os cortes na produção, anunciado no sábado.

Irão: Acordo para prolongar cortes na produção petróleo é unilateral
Notícias ao Minuto

08:11 - 01/07/19 por Lusa

Economia Irão

Apesar de dizer que apoia uma extensão das atuais restrições de produção, Zanganeh afirmou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual a Rússia não é membro, "não precisa de nenhuma decisão" fora da OPEP.

Destinada a segurar os preços do petróleo bruto, esta extensão dos cortes de produção foi anunciada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, à margem do G20, em Osaka, antes da reunião de hoje da OPEP.

"O principal perigo que a OPEP enfrenta agora é a unilateralização", disse o ministro iraniano à imprensa, referindo-se, sem os nomear, à dupla formada pela Arábia Saudita, líder do cartel, e pela Rússia, o segundo maior produtor do mundo.

"A OPEP vai morrer com este processo de tomada de decisão", disse Zanganeh, culpando "alguns membros" por quererem fazer da organização um "instrumento político".

Apesar de o representante iraniano ter dito que não se oporia à extensão dos cortes na produção de petróleo, por seis ou nove meses, excluiu, no entanto, a adesão a um projeto de pacto a longo prazo entre os países membros da OPEP e os seus aliados liderados pela Rússia.

"Este não é o momento para discutir este assunto, pois temos muitas outras dificuldades dentro da OPEP", justificou.

No sábado, Vladimir Putin anunciou ter combinado com a Arábia Saudita prolongar o acordo de corte da produção de petróleo.

"Colocámo-nos de acordo. Vamos prolongar este acordo, a Rússia como a Arábia Saudita. Durante que período? Vamos refletir. Por seis ou nove meses. É possível que vá até aos nove meses", declarou Putin aos jornalistas, à margem da cimeira do G20, em Osaka, Japão.

O prolongamento deverá ser oficializado na terça-feira, em Viena, durante a reunião entre os ministros dos 14 Estados membros da OPEP, incluindo a Arábia Saudita, e os outros dez parceiros liderados pela Rússia, que assinaram o acordo para cortar a produção de petróleo, para suster as cotações do crude da OPEP.

A OPEP e os 10 aliados, que representam metade da produção mundial de petróleo, decidiram em dezembro cortar a atividade em 1,2 milhões de barris por dia e a estratégia funcionou, já que o preço do barril subiu cerca de 30% no primeiro trimestre, antes de estabilizar.

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