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Fórum de Macau precisa de mais projeção para aumentar eficácia

A secretária-geral do Fórum de Macau, Xu Yingzhen, reconheceu hoje, em entrevista à Lusa, a necessidade de maior projeção e melhores canais de informação para "servir melhor" as relações comerciais entre a China e os países lusófonos.

Fórum de Macau precisa de mais projeção para aumentar eficácia
Notícias ao Minuto

07:22 - 30/06/19 por Lusa

Economia China

Apesar de sublinhar os esforços que têm sido feitos nos últimos anos, Yingzhen disse à Lusa que o Fórum criado em 2003 ainda "precisa de chegar a mais pessoas" para "servir melhor a cooperação e implementar mais resultados" concretos.

"Através de vários canais de divulgação, podemos dar maior conhecimento ao mundo exterior deste Fórum de Macau", reconheceu a secretária-geral, sublinhando que as crescentes deslocações às províncias do interior da China têm sido promovidas com esse objetivo.

O encontro empresarial que se vai realizar a 8 e 9 de julho em São Tomé e Príncipe - o último país a aderir ao Fórum de Macau, em 2017, meses depois de cortar relações diplomáticas com Taiwan -- é, na sua opinião, uma oportunidade para aumentar a eficácia do Fórum.

"Acho que podemos, através destes encontros, nomeadamente este primeiro encontro que se vai realizar em São Tomé, promover um maior conhecimento entre as empresas da China e os países de língua portuguesa", disse.

Participam neste 14.º Encontro Empresarial delegações de empresários dos países lusófonos, instituições públicas de promoção de comércio e de investimento e ainda empresários de municípios e províncias do interior da China, adiantou Xu Yingzhen.

No início do mês, o único deputado de ascendência portuguesa da Assembleia Legislativa, José Pereira Coutinho, criticou os fracos resultados do Fórum de Macau, denunciando a "opacidade do seu modelo de gestão e do funcionamento interno e externo".

Para Xu Yingzhen, outra grande oportunidade de promoção do Fórum surge com a Grande Baía, o projeto de Pequim para criar uma metrópole a nível mundial, que junta as regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong e nove cidades chinesas da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai).

"Nas linhas gerais do planeamento para a Grande Baía, consta claramente o posicionamento de Macau enquanto plataforma de serviços", o que obriga o Fórum de Macau a "envidar mais esforços para desempenhar o papel do Governo" neste projeto, acrescentou.

O projeto de Pequim prevê igualmente a construção de um corredor tecnológico e "Macau pode desempenhar um papel importante neste aspeto, nomeadamente na área da medicina tradicional chinesa", elencou.

A estratégia de promover a medicina tradicional chinesa nos países lusófonos, utilizando Portugal como porta de entrada para a Europa, e Angola e Moçambique para África, é encarada como um dos eixos centrais de atuação para 2019 pelas autoridades de Macau.

"Na conjuntura do desenvolvimento da Grande Baía, Macau pode desempenhar um papel mais importante" enquanto plataforma, assumiu.

A China estabeleceu a região administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum de Macau.

Este Fórum tem um secretariado permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral, Xu Yingzhen, e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).

Sobre uma possível adesão da Guiné Equatorial, Xu Yingzhen indicou apenas que o Fórum é uma "plataforma aberta".

"O nosso fórum é uma plataforma aberta, se a Guiné Equatorial quiser aderir pode apresentar um pedido de adesão", disse, escusando-se a debater o assunto.

A próxima conferência ministerial, prevista acontecer em 2019 -- ano em que a região administrativa especial chinesa comemora os 20 anos da transferência de soberania e é palco de eleições para um novo chefe do Executivo - foi adiada e vai realizar-se apenas em 2020, "numa data ainda a definir", disse.

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