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ANACOM alerta para "assimetrias" na cobertura de Internet e rede móvel

O presidente do conselho de administração da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) alertou hoje, em Ponta Delgada, para as "assimetrias" que "ainda existem no país" na cobertura de Internet e rede móvel, sendo os Açores um "exemplo disso".

ANACOM alerta para "assimetrias" na cobertura de Internet e rede móvel
Notícias ao Minuto

17:16 - 28/06/19 por Lusa

Economia Anacom

"Os Açores têm um bom nível de cobertura de Internet e rede móvel, em termos comparativos com o todo nacional e mesmo a nível europeu. Portugal, no seu conjunto, também tem globalmente indicadores bastante bons, mas temos uma situação de assimetria", afirmou João Cadete de Matos, em declarações à agência Lusa.

O presidente da ANACOM está em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores, para participar em reuniões que debateram o futuro do serviço postal, com participantes de 50 países europeus e também americanos.

João Cadete de Matos, presidente da ANACOM, e que este ano preside ao Grupo de Reguladores Europeus do Setor Postal, apontou que existem populações e áreas do território nacional que "não têm as mesmas condições de outras" em termos de cobertura de redes de internet e telemóvel e disse que os Açores "são um exemplo dessas assimetrias".

Segundo dados disponibilizados pela ANACOM à Lusa, a cobertura de redes de alta velocidade nos Açores situa-se nos 98,2%, mas há vários concelhos e várias ilhas que ainda têm uma percentagem de cobertura baixa e, nalguns casos, mesmo à volta dos 50%.

O responsável enfatizou a importância do acesso dos açorianos à internet, "decisivo para o desenvolvimento económico", nomeadamente para o setor do turismo "e social".

"E a prioridade passa muito por essas soluções de partilha, de co-investimento e de encontrar ofertas que sejam competitivas", defendeu, acrescentando que "existem concelhos dos Açores que precisam de um investimento grande em termos de cobertura das redes de alta velocidade para terem um acesso de qualidade à internet".

O presidente da ANACOM referiu que existe atualmente o acordo dos operadores em trabalharem naquilo que se designa por "roaming nacional em situações de emergência".

João Cadete de Matos lembrou que têm existindo incentivos, nomeadamente fundos europeus para favorecer o desenvolvimento das redes em zonas com menor densidade populacional, mas "também pode ser feito das próprias autarquias e dos próprios governos que podem apoiar o desenvolvimento dessas redes".

"Os fundos públicos devem ter isso como prioridade e a ANACOM vai tudo fazer, e inclusive nas próximas atribuições de frequências por causa da quinta geração móvel, no sentido de criar condições para melhorar a cobertura do país", assegurou.

Em termos de funcionamento dos CTT, o presidente da ANACOM referiu que as queixas que "são feitas nos Açores também são noutras regiões do país", porque "têm a ver com a transformação que a empresa fez" e que, "nalguns casos, pode ser compreensível do ponto de vista de modernização da empresa, mas alegou que tal não pode implicar a baixa da qualidade do serviço.

Questionado sobre o projeto de criação de uma base de lançamento de pequenos satélites na ilha de Santa Maria, uma vez que a ANACOM é também a autoridade espacial de Portugal, João Cadete de Matos destacou que "tem encontrado na região um nível de competência técnica de peritos que já hoje trabalham nessa área bastante elevado".

"Os Açores têm uma localização única que faz com que este projeto seja muito atraente e, portanto, são muitas as empresas que à partida estão a manifestar-se interessadas neste projeto", salientou.

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