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Homens ganharam em 2017 mais 150 euros por mês do que as mulheres

A diferença salarial entre homens e mulheres em 2017 foi de cerca de 15%, traduzida em mais 150 euros na remuneração média mensal base dos homens, de acordo com os dados de um barómetro hoje apresentado pelo Governo.

Homens ganharam em 2017 mais 150 euros por mês do que as mulheres
Notícias ao Minuto

21:26 - 27/06/19 por Lusa

Economia Barómetro

Em 2017, o salário base dos homens em Portugal fixou-se 1.008,8 euros mensais, acima dos 859,1 euros mensais das mulheres, uma diferença de 14,8% a favor dos homens, que é ainda maior, de 18,2% se for tido em conta os salários efetivamente ganhos.

Os dados constam do Barómetro das Diferenças Remuneratórias entre Homens e Mulheres, hoje apresentado em Lisboa, que revela também que se a análise for feita tentando minimizar o efeito de algumas variáveis que podem ajudar a explicar as diferenças salariais entre homens e mulheres, como o nível de qualificação profissional, habilitação literária ou antiguidade no emprego, entre outros, a diferença percentual entre géneros baixa para 11,2%.

"Há fatores que explicam -- diferentes níveis de qualificação ou diferenças de natureza profissional -, mas depois de corrigir tudo isso permanece uma diferença inexplicável, que por vezes poderá ser até explicada por atos de discriminação salarial", disse aos jornalistas o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, no final da cerimónia.

O ministro apontou o combate às diferenças salariais entre homens e mulheres como uma prioridade e defendeu que "este barómetro traz mais informação sobre a natureza" dessa desigualdade, pretendendo-se que no futuro possa ser um instrumento de correção usado pelas empresas.

"As empresas irão conhecer as diferenças salariais que têm nos seus quadros, como é que elas se comparam com o setor, com a economia nacional e serem apoiadas para definir programas de correção dessa diferença salarial não explicável. [...] Estamos numa fase muito importante, compreender a realidade, conhecê-la e oferecer às empresas o retrato da sua própria situação. Não vamos pedir nada, vamos usar os dados já existentes para que cada empresa possa construir estratégias salariais de redução da desigualdade, como já está a acontecer na contratação coletiva", disse o ministro.

O barómetro, que permite perceber as diferenças a nível nacional, regional e setorial, mostra que em setores de atividade com recursos humanos mais qualificados o fosso salarial entre homens e mulheres se agrava, quando "seria de esperar que os diferenciais pudessem ser mais próximos de zero", o que o ministro disse não ser dissociável de uma maioria de homens em cargos de decisão.

"As grandes empresas, empresas cotadas, tinham e têm ainda enorme disparidade de género nos seus quadros diretivos. Talvez isso não seja alheio a uma diferença salarial que se repercute por toda a estrutura. Nós introduzimos objetivos progressivos de equilíbrio nos postos de tomada de decisão. Sem intervir diretamente na vida das empresas e nas suas políticas salariais, a fixação de políticas públicas para ocupação dos cargos de administração vai inevitavelmente mostrar que um maior equilíbrio tem também consequências positivas na produtividade e competitividade das empresas", afirmou Vieira da Silva.

O setor de atividade económica em que existe maior fosso salarial entre homens e mulheres, se for tido em conta o indicador que não têm em conta fatores atenuantes, é o das atividades artísticas e desportivas, onde a diferença é de 57,1%.

Tendo em conta as variáveis atenuantes, a diferença neste setor baixa para os 19,6%.

Em termos distritais, Setúbal, Leiria, Aveiro, Lisboa lideram a lista do maior fosso salarial entre salários base médios, estando Aveiro próximo de uma diferença de 20% em desfavor das mulheres.

O Barómetro, elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento, na dependência do ministério tutelado por Vieira da Silva, teve em conta informação disponibilizada pelas empresas, e refere-se a todo o país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Até ao final do ano devem ficar disponíveis os dados relativos a 2018.

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