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Pagaqui quer instalar terminais de pagamento em pequenos retalhistas

A portuguesa Pagaqui, especializada na transação de pagamentos, está a apostar na instalação de TPA (Terminais de Pagamento Automático) em negócios que tradicionalmente não aceitam cartões, como cabeleireiros e outras lojas, revelou o presidente da empresa.

Pagaqui quer instalar terminais de pagamento em pequenos retalhistas
Notícias ao Minuto

10:46 - 20/06/19 por Lusa

Economia Negócios

Este negócio é potenciado pelo facto de em Portugal existirem "poucos TPA e a maioria está em restaurantes, bombas de gasolina e supermercados. Se formos a um sapateiro, cabeleireiro e outros pequenos negócios, estes não têm sequer aceitação de cartões e o mercado tem uma margem de crescimento gigante nos pequenos retalhistas", referiu à Lusa, João Barros.

A empresa, sediada no Porto e com escritórios em Cascais, foi uma de seis europeias que fecharam uma parceria com a gigante chinesa Alipay, do universo Alibaba, para a interoperabilidade de pagamentos 'online', nomeadamente através do telemóvel.

Este acordo permite, por exemplo, que os turistas chineses que visitam Portugal passem a efetuar pagamentos nos mais de três mil pontos de venda aderentes ao sistema da Pagaqui.

A loja Arcádia do Alameda Shop & Spot, no Porto foi escolhida para instalar o primeiro terminal digital de pagamentos da plataforma chinesa, de acordo com um comunicado.

João Barros explicou que o sistema foi implementado depois de a Alipay "ter disponibilizado o seu formato de 'QR Code', que permite a interoperabilidade". Ou seja, um cliente que tenha esse sistema "pode ir a Espanha, ao norte da Europa, ou, no limite, à China e pagar com o telefone", tal como poderia fazer cá.

A Pagaqui nasceu em 2014 e tem como negócio principal cobranças presenciais de faturas e transportes públicos, de acordo com João Barros.

O responsável acredita que o sistema de "carteira digital" que a Pagaqui está a lançar, pode ser exportado para outros países europeus, apesar de já haver algumas empresas a operar no segmento. "Depois de consolidar a carteira digital ela é facilmente exportável porque hoje em dia não há barreiras na Europa aos meios de pagamento", referiu, dando o exemplo da Revolut, que tem crescido entre os viajantes.

A empresa registou no ano passado uma faturação de oito milhões de euros, um crescimento de perto de 33% face ao ano anterior e um volume de cobranças de 126 milhões de euros. O número de transações foi de 9,6 milhões.

João Barros deu ainda conta da aposta da Pagaqui no Brasil, onde entrou depois de estabelecer uma empresa no Rio de Janeiro. "Temos lá 100 pontos de venda e queremos exportar a nossa tecnologia", referiu, salientando que, caso a Alipay resolva entrar no mercado brasileiro, "já temos trabalho feito em termos tecnológicos".

"O Brasil o mercado é muito grande e 50% dos brasileiros não tem conta no banco. Estamos a dar passos muito conservadores e em conjunto com parceiros locais", salientou o presidente do grupo português.

Para este ano, a Pagaqui estima voltar a crescer, sendo que verifica nesta altura uma evolução positiva de 40% no volume de negócios, face a 2018.

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