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Mestres da Soflusa recusam trabalho extraordinário

Os mestres da empresa Soflusa, responsável pela ligação fluvial entre Barreiro e Lisboa, estão a recusar o trabalho extraordinário, exigindo que seja respeitado o acordo para aumentar o prémio de chefia, foi hoje anunciado.

Mestres da Soflusa recusam trabalho extraordinário
Notícias ao Minuto

06:31 - 20/06/19 por Lusa

Economia Ligação Fluvial

Um comunicado conjunto do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM) e da Comissão de Mestres enviado à agência Lusa refere que se sentem "ofendidos, revoltados e magoados", tendo decidido uma suspensão do trabalho extraordinário.

"A falta de respeito do secretário de Estado da Mobilidade e do Conselho de Administração da Soflusa levou a uma suspensão do trabalho extraordinário que estava a ser efetuado para o normal funcionamento das carreiras e do serviço prestado. Até ao dia 18 de junho já tinham sido efetuadas 344 horas extras, ou seja, 43 dias de trabalho, envolvendo todos em 17 dias de trabalho sem descanso", adianta.

Segundo o documento, foi acordado no dia 31 de maio com o secretário de Estado da Mobilidade, José Mendes, um acordo de alteração dos valores do prémio de chefia, que levou a que fossem suspensas todas as formas de luta em curso na empresa.

Antes, o protesto dos mestres, com greve parcial e recusa ao trabalho extraordinário, originou diversas perturbações nas ligações fluviais entre as duas margens.

"Os profissionais da Soflusa com a categoria de mestres iniciaram em maio de 2019 uma forma reivindicativa para ver melhorado um abono de nome 'Prémio de Chefia', que tem uma diária de 1,70 euros (49 euros mensais), sem pedirem qualquer aumento salarial na base dos seus vencimentos", salienta o comunicado hoje divulgado, lembrando também a falta de mestres para assegurar as ligações fluviais na empresa.

A decisão de aumentar o prémio dos mestres, em cerca de 60 euros, levou a que sindicatos de outros categorias profissionais na empresa também avançassem com plenários e pré-avisos de greve, alegando que esta subida causaria uma "desarmonia salarial".

"No passado dia 11 de junho, as estruturas sindicais foram notificadas para uma reunião no Ministério do Ambiente com o secretário de Estado, para informar o início da revisão do Acordo de Empresa para o ano civil de 2020, juntamente com a conclusão do Regulamento de Carreiras, e planear um calendário de negociações a partir do dia 17 junho", explica.

Na segunda-feira, na véspera de uma greve marcada pelo Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (SITEMAQ), foi anunciado que esta seria suspensa na sequência da subscrição de um protocolo negocial entre a administração da empresa e os sindicatos.

Contudo, o STFCMM e a Comissão de Mestres adiantam, no comunicado, que foram informados que o acordo alcançado em 31 de maio seria suspenso.

"O acordo firmado com boa-fé negocial no final de maio não tem aplicação em nada, os intervenientes no processo, na boa-fé, após as assinaturas do acordo e ata, desmarcaram todas as formas de luta que existem", frisam, realçando, todavia, que o acordo não tem hoje "qualquer valor".

"Até ser reposto o previamente acordado e fazendo jus às palavras do primeiro-ministro, António Costa, que 'palavra dada é palavra honrada', estes profissionais vão manter a recusa ao trabalho extraordinário e não descartam outras formas de luta" após a reunião agendada para o próximo dia 28, acrescenta o comunicado. Este é o dia do próximo encontro entre a administração da empresa e os sindicatos de trabalhadores da Transtejo/Soflusa.

Na sua página na internet, a empresa Soflusa anunciou possíveis supressões de algumas carreiras ao longo do dia de quarta-feira, que acabaram por ocorrer.

Para sexta-feira e sábado, a empresa também já anunciou que existem algumas carreiras que se encontram "sujeitas a confirmação", justificando estas possíveis supressões com o facto de estar em curso o "processo de formação de novos mestres".

Durante o protesto dos mestres em maio, o Governo anunciou a abertura de concurso interno para quatro mestres, bem como a contratação de seis novos marinheiros.

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