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Vara não fala sobre Vale do Lobo e queixa-se do "martírio" da prisão

O antigo administrador da CGD Armando Vara está a ser ouvido no Parlamento, esta sexta-feira, no âmbito do inquérito à Caixa.

Vara não fala sobre Vale do Lobo e queixa-se do "martírio" da prisão
Notícias ao Minuto

14:46 - 14/06/19 por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia Inquérito à CGD

O ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos CGD Armando Vara disse que não vai responder a questões sobre o financiamento ao Vale do Lobo, na audição em que está a participar no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão do banco. Ainda assim, adiantou-se e referiu que toda a administração da CGD deu 'luz verde' ao empréstimo

"Entendo que para salvaguarda de direitos de defesa, não devo pronunciar-me mais sobre quaisquer questões relacionadas com o financiamento de Vale do Lobo", afirmou Armando Vara 

O Vale do Lobo é um dos temas que está na 'mira' da Operação Marquês, onde Vara e Sócrates são arguidos. Em causa está um empréstimo cedido pela CGD em 2006, quando Vara era administrador do banco.

Numa breve declaração inicial, Vara alegou ainda a "impossibilidade de acesso a qualquer tipo de informação desde há cinco meses", uma vez que se encontra preso no âmbito do processo Face Oculta. O antigo administrador da CGD diz, por isso, sentir-se "infoexcluído"

O também antigo ministro voltou a ainda a frisar a situação em que se encontra, tal como já tinha feito por carta, mencionando "o brutal impacto" que a situação de prisão configura, classificando-a de um "martírio" que "impede a preparação", que não teve acesso a informação e que tudo o que quiser escrever tem de o fazer "à mão".

Questionado sobre quem o nomeou para ser administrador da CGD, Vara afirmou: "Foi Fernando Teixeira dos Santos [antigo ministro das Finanças]". O deputado do PSD insistiu para saber qual a relação entre ambos, mas Vara não se prolongou: "Não ia a casa dele".  

O antigo administrador da CGD Armando Vara disse que os créditos que foram concedidos pelo banco público, no contexto atual não tinha recebido 'luz verde'. Adiantou também que o banco público "não teve qualquer intervenção nas 'guerras' do BCP".

O ex-administrador da CGD Armando Vara é ouvido esta sexta-feira na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão do banco, depois de os deputados terem recusado o seu pedido para não comparecer no Parlamento

A 7 de junho foi dada a conhecer uma carta dos representantes de Armando Vara, que está preso em Évora, em que pedia para não comparecer na comissão parlamentar de inquérito ao banco público, invocando "a situação em que se encontra" e falta de acesso a informação.

Armando Vara - que se encontra detido desde janeiro deste ano após condenação no processo Face Oculta - foi nomeado administrador da CGD em 2006, para a equipa presidida por Carlos Santos Ferreira, tendo ambos depois transitado para o BCP em 2008.

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