CMVM dá luz verde à OPA de Pereira Coutinho sobre a SAG
A oferta pública de aquisição (OPA) lançada por João Pereira Coutinho sobre a SAG GEST - Soluções Automóveis Globais recebeu 'luz verde' da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e arranca na sexta-feira, anunciou hoje o regulador.
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Economia Empresas
Nos termos do prospeto da operação, publicado hoje na página eletrónica da CMVM, a OPA decorre das 08:30 de sexta-feira até às 15:00 do dia 28, tendo como condição de sucesso a obtenção de 90% do capital da sociedade, de forma a retirá-la da bolsa.
A contrapartida oferecida por Pereira Coutinho, que atualmente já detém 88,8610% dos direitos de voto exercíveis na SAG - 0,0023% diretamente, 76,7% através da sociedade IAMC -- Investment And Assets Management Consulting, 10,2% através da SGC Investimentos (que é detida em 100% pela IAMC) e os restantes 0,7069% através da empresa Principal (detida pelo empresário) -- é de 0,0615% por ação, sendo o valor total da oferta de 2.079.499,32 euros.
Segundo se lê no anúncio de lançamento da OPA, o valor oferecido "representa um prémio de 0,15%, em relação ao preço médio ponderado das ações nos seis meses imediatamente anteriores à data do anúncio preliminar e um prémio de 7,89% face ao preço de fecho à data do anúncio preliminar".
A OPA de João Pereira Coutinho à SAG foi anunciada no passado dia 30 de abril no âmbito da venda da SIVA (que comercializa as marcas Volkswagen, Audi e Skoda em Portugal) à Porsche Holdings (sociedade pertencente ao Grupo VW), pelo montante simbólico de um euro, um processo que deverá estar concluído até 30 de setembro deste ano e que pressupõe a saída da SAG do setor automóvel.
Entre as várias condições a que está sujeita esta operação de venda da SIVA está o sucesso da OPA que agora arranca e a saída da SAG de bolsa.
Segundo um comunicado divulgado na altura, o objetivo é "assegurar às subsidiárias da sociedade visada a continuidade da sua atividade por outra via e permitir aos acionistas venderem as suas participações na sociedade visada dado que esta deixará de operar no negócio do ramo automóvel -- isto é, na principal atividade que desenvolveu desde a sua constituição".
A intenção é "encontrar uma solução financeira para as empresas que permita garantir a continuação da atividade das subsidiárias operacionais e, mais importante, a manutenção dos mais de 650 postos de trabalho diretos".
A 16 de maio, o Conselho de Administração da SAG GEST recomendou aos acionistas, tendo em conta os interesses da sociedade e as contrapartidas oferecidas, que aceitassem a OPA, uma vez que se a operação falhar o cenário enfrentado pela empresa será a liquidação.
Segundo considerou na altura, a contrapartida "oferecida é bastante superior ao valor patrimonial das ações", estando os objetivos apresentados por Pereira Coutinho "totalmente em linha com a reestruturação societária e financeira acordada", que visa assegurar a continuidade e sustentabilidade das atividades do grupo.
O grupo automóvel SAG Gest teve prejuízos de 186,8 milhões de euros em 2018, o que representa 13 vezes mais do que os 13,8 milhões de euros negativos de 2017.
Em base comparável, o volume de negócios consolidado do grupo foi de 535,1 milhões de euros, "o que representou uma redução de cerca de 13,7% em relação ao valor de 2017", de acordo com o relatório de contas divulgado na CMVM em 01 de maio.
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