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Prémios da discórdia: Uns exigem "revisão", outros prometem "reforço"

Estado diz que prémios foram dados sem o seu conhecimento e, dada a polémica, exigem uma revisão dos critérios de atribuição. Já o conselho executivo diz que se lucros fossem maiores, os prémios também o poderiam ser e garantem que vão reforçá-los para abranger mais funcionários.

Prémios da discórdia: Uns exigem "revisão", outros prometem "reforço"
Notícias ao Minuto

09:12 - 08/06/19 por Andrea Pinto

Economia TAP

Foi na noite da passada terça-feira que a polémica 'estalou'. Após um ano de milhões de prejuízos - 18 milhões para se ser mais preciso - veio a público que a companhia aérea portuguesa teria atribuído prémios no total de 1,171 milhões de euros a 180 trabalhadores.

Os prémios, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores, geraram discórdia, e levaram mesmo a um debate em que o Estado teve que intervir.

António Costa defende mesmo que o modelo de distribuição de prémios decidido pela comissão executiva da TAP é "incompatível com os padrões de sobriedade" que devem existir em empresas participadas pelo Estado.

O motivo da discórdia

Recorde-se que o Governo admitiu só ter tido conhecimento do programa de prémios pela comunicação social e acabou por afirmar que não concordava a política de atribuição dos mesmos.

Por este motivo, os administradores da companhia, seleccionados pelo Estado, vieram a público pedir a revisão dos prémios, cuja atribuição foi feita de forma "unilateral", sem "qualquer informação prévia ao Conselho de Administração sobre a decisão".

"Neste contexto, além da absoluta discordância no pagamento de prémios a um número restrito de trabalhadores que não decorrem de obrigações contratuais, os membros do Conselho de Administração da TAP, SGPS, SA indicados pelo Estado consideram importante, tal como referido junto da Comissão Executiva, rever e corrigir o modelo de atribuição de remuneração variável/prémios de desempenho", deram a conhecer, em comunicado.

Reforço para 'chegar' a mais trabalhadores

Entretanto, na noite desta sexta-feira, a Comissão Executiva da TAP lamentou que “a informação relativa à compensação objetiva do programa de mérito e produtividade da TAP” tenha sido “ilicitamente divulgada e disponibilizada em ‘listas’ de forma não rigorosa. 

Afirmando que há vários anos que a TAP tem programas de compensação variável relacionados com cumprimento de metas para diferentes quadros e distribuiu prémios em anos de resultado negativos, a comissão executiva assumiu o compromisso que tem com os programas de mérito, e afiançou que “tal como previsto, este programa irá ser reforçado de forma a abranger mais trabalhadores da TAP tendo como premissa o aumento da produtividade e partilha do valor criado entre a TAP e os seus trabalhadores”.

No dia antes,  Antonoaldo Neves, presidente da Comissão Executiva da TAP, havia revelado que o "plano de prémios poderia até ter sido maior se a empresa tivesse gerado lucro e não tem nada de errado com isso", uma vez que a empresa defende uma cultura de meritocracia, gestão de empenho e entrega de resultados.

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