CGD: CDS pede acesso a atas de reuniões com La Seda, Imatosgil e Artlant
O CDS-PP requereu hoje acesso às atas das reuniões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) com a La Seda, com o grupo de Manuel Matos Gil e ainda com a Artenius, posteriormente designada como Artlant.
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Economia CGD
O CDS-PP "vem solicitar à CGD o envio, para o período em análise, de todas as atas das reuniões do conselho de investimentos e da lista de todos os participantes nas mesmas, referentes aos financiamentos concedidos ao grupo La Seda de Barcelona, ao Grupo Imatosgil (Selenis SGPS, agora Júpiter SGPS) e à Artenius (agora Artlant)".
Na audição de hoje, o ex-administrador da CGD Jorge Tomé disse que "não fazia sentido" o banco público investir na La Seda para ter 5% da empresa espanhola.
"Pese embora a valia económica que pudesse ter o projeto, não fazia nenhum sentido que a Caixa fosse fazer um investimento para ter 5% em Espanha para tornar possível que uma empresa espanhola decidisse um investimento em Portugal".
A participação na La Seda, empresa catalã que estava a planear a construção de PET, serviria para "trazer o projeto para Portugal", em Sines, de acordo com Jorge Tomé.
"Não fazia sentido, na nossa opinião, mas essa não era uma decisão que o Caixa BI [administrado por Jorge Tomé] tivesse qualquer competência para tomar", acrescentou.
A decisão foi depois tomada pela administração central (liderada por Carlos Santos Ferreira) da CGD e classificada como "muito importante para Portugal".
"A nossa [da Caixa BI] recomendação foi de não investir, mas o conselho disse que era um projeto estruturante e, portanto, sugeriram que a Caixa Capital e o Caixa BI estudassem o projeto com mais profundidade", prosseguiu Jorge Tomé.
Jorge Tomé esclareceu também que "não estava planeado financiar a Selenis [atual Jupiter]" para ganhar posição na La Seda.
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