Guerra comercial e declínio chinês são incógnitas no crescimento mundial
As tensões comerciais com Washington e um possível declínio da economia chinesa apontam para um abrandamento económico, mas podem também conduzir a um período de transição com profundas implicações globais, avisou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Economia Washington
Citada pela AFP, Christine Lagarde adiantou que os sinais de alarme se multiplicaram nos últimos tempos, afirmando que "a prioridade máxima é resolver as tensões comerciais, enquanto se acelera a modernização do sistema de comércio internacional".
Por sua vez, o Banco Mundial reduziu a sua previsão de crescimento anual para 2,6% para este ano, face aos 2,9% que estimava anteriormente, à imagem do que fizeram diversas instituições internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), e vários economistas, de acordo com a AFP.
Estas incertezas têm como fonte as ameaças do Presidente dos EUA, Donald Trump, em relação às importações chinesas e às tarifas ao México, que poderão desencadear uma guerra comercial com ramificações à Europa, nomeadamente no que diz respeito ao mercado automóvel.
"Receio que os tempos sejam muito problemáticos para a economia global", referiu Brian Coulton, economista-chefe da agência de classificação de risco Fitch.
O mesmo responsável acredita que, se os novos impostos sobre as importações chinesas e mexicanas entrarem de facto em vigor, isso poderá levar a um "choque" que atingirá o mundo inteiro, incluindo os Estados Unidos", acrescentou.
O FMI reviu em alta esta semana as suas previsões de crescimento para a maior economia do mundo, mas os números de emprego divulgados hoje nos Estados Unidos mostraram-se mais fracos do que o esperado.
Com o impasse verificado nas negociações comerciais entre os EUA e a China, as incertezas agravaram-se.
"A margem de manobra das autoridades é mais limitada", alertou Anton Brender, economista-chefe da gestora europeia de ativos Candriam, citado pela AFP.
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