Constâncio validou crédito ruinoso a Berardo. E omitiu no Parlamento
A operação, no valor de 350 milhões, foi validada em 2007, altura em que Vítor Constâncio era governador do Banco de Portugal.
© Getty Images
Economia CGD
O antigo vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio, omitiu aos deputados que em 2007 - altura em que era governador do Banco de Portugal (BdP) - validou um crédito ruinoso da Caixa Geral de Depósitos (CGD) a José Berardo no valor de 350 milhões de euros, de acordo com a notícia avançada esta sexta-feira pelo jornal Público.
Conta a mesma publicação que o objetivo de Berardo em pedir aquele dinheiro emprestado era reforçar a posição no Banco Comercial Português (BCP), numa altura em que estava no terreno a luta pelo controlo da instituição.
A operação, no valor de 350 milhões de euros, foi aprovada pelo Conselho de Administração do BdP, conforme a documentação a que o Público teve acesso.
Acontece que, em março, quando Constâncio esteve presente numa audição da comissão de inquérito à CGD, omitiu esta informação aos deputados.
"Claro que [o BdP] só tem conhecimento delas [operações de crédito] depois" de os bancos as efetivarem. "Como é óbvio! É natural! Essa ideia de que [o BdP as] pode conhecer antes é impossível!", acrescentou.
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